O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou esperança de que Donald Trump o ajude a reverter sua inelegibilidade, destacando a influência do presidente americano.
18 de Janeiro de 2025 às 14h39

Bolsonaro aguarda apoio de Trump para reverter sua inelegibilidade no Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou esperança de que Donald Trump o ajude a reverter sua inelegibilidade, destacando a influência do presidente americano.

BRASÍLIA, DF - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou, neste sábado (18), sua expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possa auxiliá-lo na reversão de sua inelegibilidade no Brasil. Durante uma conversa com jornalistas no aeroporto de Brasília, Bolsonaro não detalhou como essa ajuda poderia ocorrer, mas enfatizou a influência que Trump exerce no cenário global.

Bolsonaro, que se encontra impedido de disputar cargos eletivos até 2030 devido a decisões judiciais relacionadas a sua postura nas eleições de 2022, afirmou ter recebido um convite para a posse de Trump, marcada para o dia 20 de janeiro. Entretanto, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reter seu passaporte inviabilizou sua viagem aos Estados Unidos, em meio a investigações que o envolvem em uma suposta trama golpista.

“Ele já tem influência no mundo todo pela presença dele. Se ele me convidou, ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil, afastando inelegibilidades políticas, como essa que eu tive”, declarou Bolsonaro, referindo-se à sua situação política atual.

Questionado sobre como Trump poderia intervir na justiça brasileira, o ex-presidente respondeu: “Só a presença dele, só as suas ações”. Ele ainda mencionou que Trump não permitiria que o “ativismo judicial” perseguisse opositores em outros países, referindo-se a sua própria experiência com a justiça.

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Bolsonaro, que se diz admirador de Trump, expressou sua frustração por não poder comparecer à posse do presidente americano. “Estou chateado e abalado”, afirmou, após se despedir de sua esposa, Michelle Bolsonaro, que representará o ex-presidente na cerimônia em Washington. Um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também deve estar presente no evento.

O ex-capitão do Exército, que se declara inocente das acusações que enfrenta, insistiu que é vítima de uma “enorme perseguição política” para eliminar a direita no Brasil. “Eu sou preso político, apesar de estar sem tornozeleira eletrônica”, acrescentou, referindo-se à sua condição atual.

Bolsonaro enfrenta diversas investigações penais, e a Procuradoria-Geral da República deve decidir em breve se o denuncia por crimes como “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, após a Polícia Federal concluir que ele teve “plena consciência e participação ativa” em um plano frustrado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023.

A situação de Bolsonaro é complexa, envolvendo não apenas questões jurídicas, mas também políticas, à medida que ele tenta navegar em um cenário de crescente pressão e investigações. Sua expectativa em relação a Trump reflete uma estratégia de buscar apoio internacional em meio a dificuldades internas.

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