O presidente americano, Donald Trump, formaliza a saída dos EUA da OMS, criticando sua gestão da pandemia.
21 de Janeiro de 2025 (atualizado às 06h16)

Trump determina retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde em novo decreto

O presidente americano, Donald Trump, formaliza a saída dos EUA da OMS, criticando sua gestão da pandemia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (20) a decisão de retirar o país da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma medida que já havia sido cogitada durante seu primeiro mandato. A assinatura do decreto ocorreu logo após sua posse como 47º presidente dos EUA, em uma cerimônia realizada na Casa Branca.

Trump, que já havia criticado a OMS por sua atuação durante a pandemia de Covid-19, justificou a decisão afirmando que os Estados Unidos pagam mais à organização em comparação a outros países, como a China. Em suas palavras, a OMS “nos roubou” e, por isso, a retirada é uma ação necessária.

A OMS, agência da Organização das Nações Unidas (ONU) com sede em Genebra, Suíça, foi criada com o objetivo de promover a saúde e coordenar respostas a crises globais de saúde. A decisão de Trump pode impactar significativamente as operações da organização, que depende de financiamento dos EUA para diversas iniciativas.

O decreto assinado por Trump menciona a “gestão inadequada da pandemia de Covid-19 pela OMS” e critica a falta de reformas na entidade. Ele também destaca a suposta influência política indevida que a organização teria sofrido por parte de seus estados-membros, especialmente no que diz respeito à resposta inicial à pandemia.

Além disso, o decreto orienta agências federais a suspender quaisquer transferências de fundos ou apoio à OMS e a buscar alternativas confiáveis para assumir as funções da organização. Essa mudança pode gerar uma reestruturação significativa dentro da OMS e afetar iniciativas de saúde global que dependem do suporte americano.

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Durante a assinatura do decreto, Trump enfatizou que a saída dos EUA da OMS é uma questão de justiça financeira, argumentando que o país não deve arcar com custos desproporcionais em comparação a outras nações. Essa perspectiva já havia sido uma bandeira durante sua campanha eleitoral, refletindo seu foco em políticas nacionalistas.

O presidente também anunciou planos para revisar e possivelmente rescindir a chamada Estratégia de Segurança Sanitária Global 2024, implementada pela administração anterior, que busca preparar os EUA para enfrentar ameaças de doenças infecciosas.

A saída dos Estados Unidos da OMS não é uma novidade, já que Trump havia formalizado a intenção de se retirar da organização em julho de 2020, durante seu primeiro mandato. Na época, ele alegou que a OMS estava sendo influenciada pela China, especialmente nas fases iniciais da pandemia.

Com essa nova medida, Trump reafirma seu compromisso com uma política externa que prioriza os interesses americanos, desafiando instituições internacionais e promovendo uma agenda que busca reduzir o envolvimento dos EUA em organismos multilaterais.

O impacto dessa decisão ainda está por ser avaliado, mas especialistas alertam que a retirada dos EUA pode desestabilizar esforços globais de saúde e cooperação internacional, especialmente em tempos de crise sanitária.

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