A Corte busca reforçar a segurança dos ministros e da sede em Brasília com nova contratação.
23 de Janeiro de 2025 às 16h30

Em dois anos, Supremo Tribunal Federal gastará R$ 84 milhões com segurança armada

A Corte busca reforçar a segurança dos ministros e da sede em Brasília com nova contratação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou a contratação de uma empresa para reforçar a segurança privada armada da Corte, com um contrato no valor de R$ 83.891.432,18 para os próximos dois anos. A empresa vencedora da licitação, Esparta, iniciará suas atividades a partir do dia 1º de fevereiro.

O valor do novo contrato é R$ 5,1 milhões superior ao total dos cinco contratos atuais de segurança, que somam aproximadamente R$ 39,3 milhões ao ano. O edital publicado em 13 de janeiro previa um investimento máximo de R$ 101.597.845,64, e os custos serão cobertos pelos recursos destinados ao STF no Orçamento Geral da União.

A nova contratação visa garantir a segurança pessoal armada dos ministros, incluindo a condução de veículos oficiais e o acompanhamento em viagens, tanto no Brasil quanto no exterior. Ao todo, serão 230 profissionais, sendo 114 seguranças armados e 60 motoristas em Brasília, além de equipes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.

Os profissionais contratados receberão salários que variam entre R$ 3.641,15 e R$ 7.158,65 mensais, além de diárias para viagens nacionais e internacionais. O edital especifica que os serviços incluirão apoio operacional continuado na área de segurança pessoal privada armada, com dedicação exclusiva de mão de obra.

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O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e outros ministros frequentemente viajam para seus estados de origem, como o Rio de Janeiro e São Paulo, e a nova equipe de segurança será responsável por acompanhá-los nessas deslocações.

Os equipamentos utilizados incluirão 70 pistolas calibre .380 para uso no Distrito Federal, além de coletes à prova de balas e outros materiais de segurança. O custo estimado com esses materiais durante a vigência do contrato é de aproximadamente R$ 2,6 milhões.

Além do investimento em segurança, a Corte aguarda a decisão do procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre uma possível denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas, no âmbito de um inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado.

O novo edital foi elaborado com o objetivo de unificar os contratos de segurança, facilitando a prestação dos serviços e garantindo maior eficiência na proteção dos magistrados. Com a nova contratação, o STF busca garantir a integridade física de seus membros e a segurança de suas atividades.

O início dos serviços de segurança armada está previsto para coincidir com a retomada das atividades regulares da Corte em fevereiro, após o recesso de fim de ano.

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