A ex-primeira-dama rebate acusações e sugere que as informações visam desviar atenção de problemas do governo.
28 de Janeiro de 2025 às 16h31

Michelle Bolsonaro classifica delação de Cid como ‘cortina de fumaça’ e critica governo Lula

A ex-primeira-dama rebate acusações e sugere que as informações visam desviar atenção de problemas do governo.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se manifestou sobre as recentes declarações do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, que a mencionou em seu depoimento durante uma delação premiada. Michelle classificou essas informações como uma “cortina de fumaça”, alegando que visam desviar a atenção dos problemas enfrentados pelo governo atual.

O posicionamento de Michelle, divulgado pelo PL Mulher, do qual ela é presidente, enfatiza que “nunca conseguiram comprovar absolutamente nada” contra ela. Em suas declarações, a ex-primeira-dama afirmou que a “revelação” feita por Cid já havia sido apresentada anteriormente, mas sem qualquer comprovação.

“Trata-se de mais uma cortina de fumaça”, disse Michelle, que argumentou que os vazamentos de informações sigilosas por agentes públicos estão relacionados ao estado crítico do governo atual e a uma queda acentuada em sua popularidade.

Além disso, a ex-primeira-dama sugeriu que tais divulgações visam abafar a repercussão positiva obtida por ela e por Eduardo Bolsonaro na posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as recentes declarações do ex-presidente Bolsonaro sobre sucessores em caso de impossibilidade de reversão de sua inelegibilidade.

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Michelle Bolsonaro criticou os vazamentos, afirmando que eles configuram uma afronta à Constituição e aos Direitos Humanos, e que a repercussão coordenada em veículos de imprensa indica uma possível utilização da estrutura do Estado para perseguir adversários políticos. Ela fez comparações com práticas denunciadas em outros países, como os Estados Unidos e a Venezuela.

Em sua primeira delação, Cid afirmou que Michelle e Eduardo teriam atuado para instigar Bolsonaro a dar um golpe após a derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva. O teor desse depoimento foi inicialmente revelado pelo jornalista Elio Gaspari e confirmado por diversos meios de comunicação.

Segundo Cid, ambos participavam de um grupo mais radical que acreditava que o ex-presidente contava com o apoio popular e de caçadores para realizar um golpe de Estado. No entanto, Michelle usou suas redes sociais para ironizar as afirmações, compartilhando uma reportagem sobre o caso com um tom de desdém.

Enquanto as investigações continuam, a ex-primeira-dama e o deputado Eduardo Bolsonaro ainda não foram formalmente indiciados, uma vez que a Polícia Federal não encontrou provas suficientes para acusação. No entanto, a continuidade das investigações pode trazer novos desdobramentos que impactem a carreira política dos envolvidos.

O caso de Michelle Bolsonaro e as declarações de Mauro Cid ilustram o clima de tensão e incerteza que permeia a política brasileira atualmente, com investigações em curso e a necessidade de respostas claras sobre as ações dos protagonistas.

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