O presidente Lula afirmou que, sem a tragédia no Rio Grande do Sul, o governo teria alcançado superávit em 2024.
30 de Janeiro de 2025 às 14h17

Em coletiva, Lula nega que exista rombo fiscal e usa tragédia no Rio Grande do Sul como justificativa

O presidente Lula afirmou que, sem a tragédia no Rio Grande do Sul, o governo teria alcançado superávit em 2024.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (30/1), que não existe rombo fiscal nas contas públicas de seu governo. Ele argumentou que, se não fosse pela tragédia climática que afetou o Rio Grande do Sul, o Brasil teria conseguido registrar um superávit fiscal em 2024, algo que não ocorria há décadas.

Durante a coletiva, Lula destacou que o Brasil enfrentou um déficit em transações correntes de 9,033 bilhões de dólares em dezembro e um saldo negativo acumulado de 55,966 bilhões no ano passado, conforme os dados do Banco Central. Ele criticou aqueles que, segundo ele, insistem na narrativa de um rombo fiscal, afirmando que “rombo fiscal existiu no governo passado” e não em sua gestão.

“Se não fosse a tragédia no Rio Grande do Sul, nós teríamos feito superávit pela primeira vez em muitas décadas”, declarou o presidente, referindo-se aos impactos financeiros causados por desastres naturais na região.

Lula também fez uma defesa da política fiscal de seu governo, afirmando que não se pode sacrificar a população mais vulnerável em nome de interesses de uma minoria. “O povo sabe que a estabilidade fiscal é um benefício para ele”, ressaltou, enfatizando que não permitirá que as medidas de austeridade afetem os mais pobres.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

O presidente mencionou que a nova política tributária, prevista para entrar em vigor em 2027, será fundamental para aumentar a capacidade de investimento e arrecadação do país. Ele garantiu que “neste governo não haverá irresponsabilidade fiscal”, citando seu histórico anterior como referência.

Além disso, Lula expressou a intenção de focar em temas que realmente importam para a população, como a geração de emprego e renda. “Eu quero criar um país de classe média, e eu vou criar”, afirmou, deixando claro seu compromisso com a melhoria das condições de vida dos brasileiros.

O presidente também abordou a questão da inflação, que tem sido uma preocupação constante, e reiterou que a estabilidade econômica é crucial para o desenvolvimento do país. Ele se comprometeu a trabalhar para garantir que as políticas implementadas beneficiem a maioria da população.

Em sua fala, Lula ainda fez menção à importância de um diálogo aberto com a sociedade e com o Congresso Nacional, afirmando que as decisões devem ser tomadas levando em consideração o bem-estar do povo. “Se eu não fizer estabilidade fiscal, quando eu for cortar, o Congresso Nacional vai cortar do povo pobre”, alertou.

Veja também:

Tópicos: