Presidente do PT é elogiada por Lula em coletiva no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (30/1)
30 de Janeiro de 2025 às 14h20

Lula afirma que Gleisi Hoffmann pode ser ministra em qualquer lugar do mundo

Presidente do PT é elogiada por Lula em coletiva no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (30/1)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (30/1) que a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, possui competência para assumir um cargo ministerial, embora ainda não tenha sido tomada uma decisão definitiva sobre sua nomeação. Durante uma coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, Lula afirmou: “Ela tem condição de ser ministra em muitos cargos. Mas não está definido ainda”.

O presidente destacou a experiência de Gleisi, mencionando que ela já ocupou o cargo de ministra da Casa Civil durante o governo de Dilma Rousseff. “Gleisi é um quadro muito refinado. Politicamente, tem pouca gente nesse país mais refinada que a Gleisi”, elogiou Lula, ressaltando a importância de sua trajetória política.

Além disso, Lula respondeu a críticas que apontam um suposto radicalismo no discurso de Gleisi. “O pessoal diz que ela é muito radical para ser presidente do PT. Oras, para ser presidente do PT tem que falar a linguagem do PT. Se não quiser, que vá para o PSDB. Para ganhar, tem que ganhar confiança do PT”, afirmou o presidente, defendendo a postura da correligionária.

Conforme informações divulgadas anteriormente, Gleisi deve integrar a equipe do governo Lula a partir da reforma ministerial, prevista para ocorrer até março. O ministério que pode ser destinado a ela é o da Secretaria-Geral da Presidência, que atualmente é responsável pela interlocução do governo com os movimentos sociais, embora Lula tenha enfatizado que “até agora, não tem nada definido”.

“Não conversei com ela, ela não conversou comigo. Ainda não sentei para ficar pensando se vou ou não trocar alguns ministros. Vocês podem ter certeza de que no dia em que eu trocar, vocês vão saber em primeira mão. E não vai ser por um furo de um articulista”, garantiu Lula, referindo-se à especulação sobre possíveis mudanças na composição ministerial.

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Lula também comentou sobre a necessidade de reformas no governo, mencionando que a troca de ministros é uma prerrogativa do presidente da República. “Trocar ministro é da alçada do presidente da República, mas no Brasil temos o hábito de que o presidente toma posse, monta o governo e um ano depois a imprensa já está tratando de uma reforma política”, disse, alfinetando a cobertura da mídia sobre o governo.

A possível ascensão de Gleisi ao primeiro escalão do governo, no lugar de Márcio Macedo, requer um rearranjo no próprio PT, que se prepara para eleições diretas para a renovação de suas direções nacional, estadual e municipal no dia 6 de julho. O ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro da Secom, Edinho Silva, é considerado um dos favoritos para suceder Gleisi na presidência do partido.

O presidente Lula também se referiu ao cenário econômico do país, afirmando que 2025 será um ano de “grande colheita de tudo que foi plantado” durante seu governo. Ele enfatizou a importância de uma gestão responsável e a necessidade de um presidente do Banco Central que compreenda a complexidade da economia brasileira.

“Uma pessoa que já tem experiência em lidar com o BC tem consciência de que o Brasil, do tamanho que tem, o presidente do BC não pode dar um cavalo de pau em um mar revolto”, destacou Lula, refletindo sobre a condução da política econômica.

O clima político e as expectativas em relação à reforma ministerial e à atuação de Gleisi Hoffmann no governo permanecem como temas centrais nas discussões políticas atuais.

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