Ação conjunta resultou em multas de R$ 61,4 mil e cumprimento de nove mandados em SP e RJ.
31 de Janeiro de 2025 às 00h43

Polícia Federal e Ibama apreendem 33 animais em operação contra tráfico

Ação conjunta resultou em multas de R$ 61,4 mil e cumprimento de nove mandados em SP e RJ.

Uma operação realizada nesta quinta-feira (30) pela Polícia Federal (PF) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) resultou na apreensão de 33 animais que estavam sendo mantidos para tráfico. A ação, que ocorreu em São Paulo e no Rio de Janeiro, já gerou multas no total de R$ 61,4 mil.

A operação, denominada Arca de Noé 2, tinha como objetivo desmantelar uma rede dedicada à criação e comercialização ilegal de animais exóticos. Entre as espécies apreendidas estavam um escorpião-imperador (Pandinus imperator), um Gecko Leopardo (Eublepharis macularius), dez aranhas caranguejeiras, 18 serpentes e três lagartos cujas espécies ainda não foram identificadas. Além disso, foram encontrados diversos insetos que serviam como alimentação para os animais silvestres mantidos em cativeiro.

Os agentes cumpriram nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela Primeira Vara Federal em Campinas, em várias cidades de São Paulo, incluindo Campinas, Guarulhos, São Paulo, Sorocaba, Votorantim e Rio Claro, além de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

A investigação da PF teve início após a prisão em flagrante de um homem no ano passado, que estava criando e mantendo ilegalmente em cativeiro diversas cobras, aranhas, lagartos e tartarugas, além de comercializá-los por meio de redes sociais. A PF informou que “entre as informações apuradas após a prisão foi identificada uma extensa rede de contatos de pessoas” envolvidas na prática criminosa.

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De acordo com o Ibama, somente em 2024, o órgão já lavrou mais de 350 autos de infração, totalizando mais de R$ 25 milhões em multas apenas no estado de São Paulo. A operação Arca de Noé 2 é parte de um esforço contínuo para combater o tráfico de animais silvestres, que representa uma grave ameaça à biodiversidade e à conservação ambiental.

As apreensões realizadas nesta operação evidenciam a importância da colaboração entre as instituições para enfrentar a criminalidade ambiental. A PF e o Ibama têm intensificado suas ações para coibir práticas ilegais que comprometem a fauna brasileira.

A operação também destaca a necessidade de conscientização sobre a preservação da fauna e flora nativas, bem como a importância de denunciar atividades suspeitas relacionadas ao tráfico de animais. A participação da população é fundamental para o sucesso das ações de fiscalização e proteção ambiental.

As autoridades continuam a investigar a rede de tráfico de animais e não descartam a possibilidade de novas apreensões e prisões nos próximos dias, à medida que mais informações forem obtidas.

O tráfico de animais silvestres é um crime que afeta não apenas a biodiversidade, mas também a saúde pública e a segurança, uma vez que muitos desses animais podem ser portadores de doenças que podem ser transmitidas aos seres humanos.

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