
Polícia Federal e Ibama apreendem 33 animais em operação contra tráfico
Ação Arca de Noé 2, realizada em São Paulo e Rio de Janeiro, resultou em multas de R$ 61,4 mil.
Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), realizada nesta quinta-feira (30), resultou na apreensão de ao menos 33 animais que estavam sendo criados para o tráfico em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os agentes do Ibama já aplicaram multas que somam R$ 61,4 mil.
A operação, denominada Arca de Noé 2, tinha como objetivo desmantelar uma rede de criação e comercialização de animais exóticos. Entre as espécies apreendidas estavam um escorpião-imperador (Pandinus imperator), um réptil conhecido como gecko-leopardo (Eublepharis macularius), além de dez aranhas caranguejeiras, 18 serpentes e três lagartos cujas espécies ainda não foram identificadas. Também foram encontrados centenas de insetos que serviam como alimento para os animais silvestres mantidos em cativeiro.
Os agentes cumpriram nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela Primeira Vara Federal em Campinas, em diversas cidades de São Paulo, como Campinas, Guarulhos, São Paulo, Sorocaba, Votorantim e Rio Claro, além de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
A investigação teve início após a prisão em flagrante de um homem no ano passado, que era acusado de criar e manter ilegalmente em cativeiro dezenas de cobras, aranhas, lagartos e tartarugas, além de comercializá-los por meio de redes sociais. A PF informou que, “entre as informações apuradas após a prisão, foi identificada uma extensa rede de contatos de pessoas” envolvidas no tráfico.


De acordo com o Ibama, em 2024, o órgão já lavrou mais de 350 autos de infração, totalizando valores superiores a R$ 25 milhões apenas no estado de São Paulo. Essa ação é parte de um esforço contínuo para combater crimes ambientais e proteger a fauna brasileira.
As operações realizadas pelo Ibama e pela Polícia Federal têm se intensificado nos últimos anos, refletindo a preocupação com o tráfico de animais silvestres, que representa uma ameaça significativa à biodiversidade do país. O tráfico de animais é considerado um dos crimes ambientais mais graves, afetando não apenas a fauna, mas também os ecossistemas onde esses animais vivem.
A atuação conjunta entre as instituições é fundamental para o enfrentamento desse tipo de crime, que muitas vezes envolve redes complexas de comércio ilegal. A colaboração entre a PF e o Ibama tem sido essencial para a realização de ações eficazes e para a aplicação de penalidades aos infratores.
As autoridades continuam a apelar para que a população denuncie casos suspeitos de tráfico de animais e mantenha-se atenta às práticas ilegais que ameaçam a biodiversidade brasileira. O combate a esse crime é uma responsabilidade de todos, e a participação da sociedade civil é crucial para o sucesso das operações.
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