
Lula exonera ministros para votações no Congresso; entenda os detalhes
Decisão do presidente Lula permite que ministros parlamentares votem nas eleições para as mesas da Câmara e do Senado.
O Diário Oficial da União (DOU) publicou, nesta sexta-feira (31 de janeiro), a exoneração de dez ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dia antes das eleições para as mesas da Câmara dos Deputados e do Senado, agendadas para este sábado (1º de fevereiro).
Com essa medida, o presidente Lula liberou seus auxiliares que ocupam cargos de deputados e senadores, permitindo que eles participem da votação para a escolha das novas lideranças das duas casas do Congresso Nacional.
As eleições ocorrerão no retorno dos parlamentares do recesso, e os deputados e senadores votarão para definir os presidentes das Casas para os próximos dois anos. Os atuais presidentes, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não podem se reeleger, pois já cumpriram dois mandatos.
Os principais candidatos para sucedê-los são Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara e Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado. Ambos contam com amplo apoio, incluindo o do PT de Lula e do PL de Bolsonaro, o que os obriga a equilibrar as demandas de diversos grupos políticos presentes no Congresso.


No total, dez ministros foram exonerados, permitindo que eles reassumam seus mandatos e participem do processo decisório. Essa prática é comum em votações que são consideradas cruciais para o governo.
Os ministros exonerados são:
No Senado:
- Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária);
- Wellington Dias (Assistência Social);
- Camilo Santana (Educação);
Na Câmara dos Deputados:
- Alexandre Padilha (Secretaria das Relações Institucionais);
- Juscelino Filho (Comunicações);
- Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário);
- André Fufuca (Esportes);
- Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos);
- Celso Sabino (Turismo);
- Luiz Marinho (Trabalho).
As ministras Marina Silva (Rede), responsável pelo Meio Ambiente, e Sonia Guajajara (PSol), que cuida dos Povos Indígenas, não foram exoneradas, uma vez que o PSol, parte de uma federação com o Rede, lançou seu próprio candidato à presidência da Câmara, o Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ).
Apesar disso, o governo tem manifestado apoio à candidatura de Hugo Motta, que é considerado o favorito para assumir a presidência da Câmara.
Após as eleições, é comum que os parlamentares retornem aos seus cargos no governo, retomando suas funções.
Veja também: