O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um memorando que limita investimentos chineses em áreas como tecnologia e infraestrutura.
22 de Fevereiro de 2025 às 16h09

Trump impõe novas restrições a investimentos chineses em setores estratégicos

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um memorando que limita investimentos chineses em áreas como tecnologia e infraestrutura.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando que estabelece restrições mais rigorosas sobre investimentos chineses em setores estratégicos, incluindo tecnologia e infraestrutura crítica. A medida foi anunciada em um contexto de tensões comerciais crescentes entre as duas maiores economias do mundo.

Segundo a Casa Branca, o objetivo da norma é promover o investimento estrangeiro nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que protege os interesses de segurança nacional do país. A administração americana destacou que a iniciativa visa, especialmente, mitigar as ameaças representadas por adversários estrangeiros, como a China.

O memorando alega que a China tem explorado o capital americano para desenvolver e modernizar suas capacidades militares, de inteligência e outros aparelhos de segurança. Essa acusação foi firmemente rejeitada por Pequim, que classificou a abordagem dos EUA como "discriminatória".

O documento determina que o Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos (CFIUS) deve ser acionado para restringir os investimentos chineses em setores-chave, como saúde, energia e infraestrutura. O CFIUS é um painel responsável por avaliar as implicações de segurança nacional de investimentos estrangeiros no país.

Em um comunicado, a Casa Branca afirmou: “O presidente Trump está cumprindo sua promessa de evitar que adversários estrangeiros se aproveitem dos Estados Unidos”.

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A nova medida surge após Trump ter imposto tarifas adicionais de 10% sobre todos os produtos importados da China, devido ao suposto envolvimento do país asiático no tráfico do opioide fentanil, uma alegação que foi negada por Pequim.

Apesar das tensões, Trump sugeriu recentemente que um acordo comercial com a China poderia ser "possível", indicando uma possível abertura para negociações futuras.

A decisão de Trump reflete uma estratégia mais ampla de controle sobre a influência chinesa na economia americana, especialmente em setores considerados críticos para a segurança nacional. A medida é vista como parte de um esforço contínuo para proteger a tecnologia e a infraestrutura dos Estados Unidos contra possíveis ameaças externas.

As reações à nova política foram imediatas, com representantes do governo chinês expressando preocupações sobre o impacto que essas restrições podem ter na confiança de empresas chinesas que desejam investir nos Estados Unidos. Pequim alertou que tomará as medidas necessárias para defender seus direitos e interesses legítimos.

Enquanto isso, o cenário de tensões comerciais entre os dois países continua a evoluir, com ambos os lados buscando formas de equilibrar suas relações econômicas e estratégicas.

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