Deputado Júlio Arcoverde, presidente da CMO, confirmou a data da reunião para apresentação do relatório do PLOA 2025, mas a votação ainda não tem data definida.
25 de Fevereiro de 2025 às 01h23

Votação do Orçamento de 2025 está agendada para 11 de março no Congresso

Deputado Júlio Arcoverde, presidente da CMO, confirmou a data da reunião para apresentação do relatório do PLOA 2025, mas a votação ainda não tem data definida.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional agendou para o dia 11 de março a reunião para a apresentação do relatório do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025. A confirmação foi feita pelo deputado federal Júlio Arcoverde (PP-PI), presidente do colegiado, que destacou a importância da apreciação do documento por parte dos parlamentares.

Embora a apresentação do relatório esteja marcada, a votação do orçamento ainda não possui uma data definida. O adiamento da votação é uma preocupação para o governo federal, que pressiona o Legislativo para que a proposta seja aprovada o mais rápido possível.

O relator do orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), já havia adiado a apresentação do parecer, alegando que as alterações no pacote de cortes de gastos enviado pelo governo poderiam complicar o relatório final. A expectativa é que a apresentação do parecer traga clareza sobre as diretrizes orçamentárias para o próximo ano.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que acionaria o Tribunal de Contas da União (TCU) devido ao atraso na análise da proposta orçamentária. Haddad enfatizou que o orçamento está pronto para ser votado e pediu que deputados e senadores se atentem à pauta. “Lamentavelmente, o Congresso ainda não apreciou o Orçamento”, afirmou o ministro.

Em resposta às declarações de Haddad, Arcoverde defendeu que a responsabilidade pelo atraso na votação do orçamento é do próprio governo. Ele mencionou “confusões jurídicas com o Supremo Tribunal Federal” como um dos fatores que contribuíram para a situação atual.

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O presidente da CMO ressaltou que o colegiado sempre demonstrou interesse em discutir e votar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. “Se houve desinteresse em votar o Orçamento no ano passado, foi do Palácio do Planalto, em razão das confusões jurídicas provocadas pelo STF”, disse Arcoverde.

Além disso, uma reunião entre os Poderes está agendada para a próxima quinta-feira, com o objetivo de tratar das regras sobre as emendas parlamentares ao orçamento. A expectativa é que esse encontro ajude a esclarecer as pendências que têm dificultado a votação.

O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, também se manifestou, afirmando que o governo não pode colocar a culpa no Congresso pela não votação do orçamento. “O Congresso não votou ainda o orçamento por uma total inabilidade política desse governo”, declarou.

Recentemente, o governo anunciou a suspensão de subsídios associados ao Plano Safra devido à falta de autorização orçamentária para o gasto. A medida provisória enviada ao Congresso busca abrir um crédito extraordinário de R$ 4 bilhões para garantir a execução do plano, que é essencial para o setor agropecuário.

A expectativa é que a votação do orçamento de 2025, uma vez aprovada pela CMO, siga para a votação em sessão conjunta do Congresso Nacional, onde será submetida à apreciação final dos parlamentares.

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