Cetesb aponta 61 praias inadequadas para banho, com Itanhaém liderando a lista. A qualidade da água é monitorada semanalmente.
02 de Fevereiro de 2025 às 23h41

Litoral paulista registra recorde de praias impróprias para banho em 2023

Cetesb aponta 61 praias inadequadas para banho, com Itanhaém liderando a lista. A qualidade da água é monitorada semanalmente.

O litoral de São Paulo enfrenta um cenário preocupante, com 61 praias ou trechos considerados impróprios para banho, conforme o relatório semanal divulgado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Este número representa um recorde para o ano de 2023, superando o anterior de 51 praias, registrado no dia 9 de janeiro. Nos relatórios anteriores, foram contabilizados 38 praias impróprias no dia 2, 43 no dia 16 e 42 no dia 23.

O município de Itanhaém destaca-se como o mais afetado, apresentando 11 dos 12 pontos analisados como impróprios. Em Praia Grande, 7 dos 12 trechos avaliados também estão na mesma situação. Mongaguá, por sua vez, apresenta uma situação alarmante, com todos os 7 trechos classificados como impróprios.

Além de Itanhaém e Praia Grande, outros municípios com altos índices de praias inadequadas incluem Bertioga, com 6 de 9 trechos impróprios, e Guarujá, que teve 6 de 12 pontos avaliados como inadequados. São Vicente, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba também apresentam números preocupantes, com 4 praias impróprias em cada um deles.

Os dados revelam que, em Peruibe, 3 de 6 praias estão impróprias, enquanto Santos apresenta 3 de 7. Em Caraguatatuba, 2 das 14 praias avaliadas estão na lista de impróprias.

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A questão da qualidade da água das praias paulistas ganhou destaque após um surto de virose registrado no Guarujá durante a virada do ano. A Cetesb realiza a avaliação semanal da qualidade da água em 175 pontos ao longo do litoral, levando em consideração a presença de bactérias fecais, que são identificadas por meio de exames laboratoriais. A classificação como imprópria também pode ocorrer em casos de contaminação por óleo, ocorrência de maré vermelha, florações de algas tóxicas ou surtos de doenças transmitidas pela água.

O relatório da Cetesb é uma ferramenta importante para a proteção da saúde pública e a preservação ambiental, permitindo que os banhistas sejam informados sobre a qualidade da água nas praias. A companhia recomenda que os frequentadores evitem o banho nas praias classificadas como impróprias, especialmente durante períodos de chuvas, quando a contaminação pode ser ainda mais acentuada.

Com a chegada do verão e o aumento da procura pelas praias, a situação se torna ainda mais crítica. A conscientização sobre a importância da preservação ambiental e a responsabilidade coletiva em manter as praias limpas são essenciais para garantir a qualidade da água e a saúde dos banhistas.

A lista de praias impróprias, divulgada pela Cetesb, inclui locais em diferentes municípios do litoral paulista. Entre as praias afetadas estão:

  • Bertioga: Boraceia-Sul, Guaratuba, São Lourenço – Próx. Morro, São Lourenço – Rua 2, Enseada-Vista Linda, Enseada – Colônia Sesc.
  • Caraguatatuba: Cocanha, Prainha.
  • Guarujá: Perequê, Enseada (Estr. Pernambuco), Enseada (Av. Atlântica), Enseada (Av. Santa Maria), Astúrias, Guaiúba.
  • Ilhabela: Sino, Saco da Capela, Itaquanduba, Veloso.
  • Itanhaém: Suarão, Suarão-AFPESP, Parque Balneário, Centro, Praia dos Pescadores, Sonho, Jardim Cibratel, Estância Balneária, Jardim São Fernando, Balneário Jardim Regina, Balneário Gaivota.
  • Mongaguá: Vila São Paulo, Central, Vera Cruz, Santa Eugênia, Itaóca, Agenor de Campos, Flórida Mirim.
  • Peruíbe: Peruíbe (Icaraíba), Peruíbe (Av. São João), Guaraú.
  • Praia Grande: Guilhermina, Aviação, Vila Tupi, Vila Mirim, Maracanã, Real, Balneário Flórida.
  • Santos: Aparecida, Embaré, Boqueirão, São Sebastião, Arrastão, Pontal da Cruz, Deserta, Preta do Norte.
  • São Vicente: Praia da Divisa, Milionários, Gonzaguinha, Prainha.
  • Ubatuba: Rio Itamambuca, Itaguá 1, Itaguá 2, Santa Rita.

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