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Hong Kong planeja proibir uso de cigarros eletrônicos em espaços públicos até 2026
A cidade de Hong Kong anunciará a proibição do uso de cigarros eletrônicos em locais públicos, com implementação prevista para 2026.
Hong Kong anunciou que planeja proibir a posse e o uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como ‘vape’, em espaços públicos até meados de 2026. A informação foi divulgada neste domingo (9) pelo secretário da Saúde, Lo Chung-mau, durante uma transmissão televisiva.
A decisão de proibir o uso de cigarros eletrônicos surge em um contexto em que o território já havia banido a importação, fabricação e venda desses produtos em abril de 2022. Apesar das restrições, o uso de ‘vapes’ continua a ser comum entre a população.
“Para proteger nossos jovens, acreditamos que é hora de proibir o uso de cartuchos de cigarros eletrônicos”, afirmou Lo. Ele explicou que a proibição começará com legislações que visam restringir o uso ao ar livre.
Lo também acrescentou: “Quando o público se acostumar com a proibição, nós a implementaremos em todos os lugares”. A proposta será apresentada ao Legislativo de Hong Kong em abril, com a expectativa de que as novas regras entrem em vigor em 2026.
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35 países já proibiram a venda de cigarros eletrônicos, refletindo uma tendência global de restrições ao uso de produtos de tabaco.
Hong Kong, que enfrenta desafios no combate ao tabagismo, tem como meta reduzir a prevalência do fumo de 9,1% em 2023 para 7,8% neste ano. A cidade já impõe penalidades severas para a importação de cigarros eletrônicos, que podem chegar a sete anos de prisão e multas de até HK$ 2 milhões (cerca de US$ 257 mil).
Além disso, as autoridades locais estão atentas ao uso crescente de substâncias como o etomidato, um anestésico que tem sido consumido de forma recreativa através de cigarros eletrônicos. O governo de Hong Kong também planeja incluir a proibição de cigarros com sabores não mentolados nas propostas legislativas que serão apresentadas.
O secretário da Saúde ressaltou que a medida visa não apenas proteger a saúde pública, mas também enfrentar os desafios associados ao uso de substâncias ilícitas que têm se tornado comuns entre os usuários de cigarros eletrônicos.
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