O segundo turno está agendado para 13 de abril; até agora, 88,6% das urnas foram apuradas.
10 de Fevereiro de 2025 às 07h58

Daniel Noboa e Luisa Gonzáles disputam segundo turno nas eleições do Equador

O segundo turno está agendado para 13 de abril; até agora, 88,6% das urnas foram apuradas.

Os equatorianos voltarão às urnas no próximo dia 13 de abril para decidir quem será o novo presidente do Equador. A disputa será entre o atual presidente Daniel Noboa, do partido Ação Democrática Nacional, e Luisa Gonzáles, representante da Revolução Cidadã, que é aliada do ex-presidente socialista Rafael Correa.

Com 88,6% das urnas apuradas, Noboa obteve 44,3% dos votos válidos, enquanto Gonzáles recebeu 43,9%. A diferença entre os candidatos é de apenas 0,4%, o que demonstra a acirrada disputa. O pleito ocorre em um contexto de crescente violência relacionada ao narcotráfico e polarização política no país.

Noboa, que assumiu a presidência em 2023, se destacou por sua linha dura contra o crime organizado, implementando medidas rigorosas que incluem a militarização de áreas afetadas pela violência. Seu governo, embora jovem, é marcado por um intenso combate ao narcotráfico e por uma crise energética provocada pela seca que afeta a geração de energia hidrelétrica.

A eleição atual é um reflexo da instabilidade política que o Equador enfrenta desde a saída do ex-presidente Guillermo Lasso, que antecipou as eleições ao dissolver a Assembleia Nacional e convocar novas votações. Lasso não participou do pleito, que se tornou uma oportunidade para Noboa e Gonzáles reeditarem a disputa que já ocorreu em 2023.

Luisa Gonzáles, por sua vez, representa uma tentativa de retorno da esquerda ao poder, após anos de governos de direita. A candidata, que possui um histórico de ativismo e é conhecida por suas posições progressistas, busca conquistar o eleitorado cansado da violência e da insegurança que marcam o cotidiano dos equatorianos.

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As eleições de 2025 ocorrem em um clima de incerteza, com os cidadãos preocupados com a segurança pública e a economia. A taxa de homicídios no país aumentou drasticamente nos últimos anos, passando de 6,6 por 100 mil habitantes em 2019 para 46 em 2023, um aumento alarmante que reflete a crescente influência do crime organizado.

Além das questões de segurança, a crise econômica também é uma preocupação central para os eleitores. O desemprego e a falta de oportunidades têm gerado descontentamento, especialmente entre os jovens, que se sentem cada vez mais alienados do processo político.

A expectativa é que o segundo turno traga um desfecho para um ciclo eleitoral conturbado, onde a polarização entre as duas candidaturas pode definir os rumos do país nos próximos anos. A vitória de Noboa ou Gonzáles poderá significar uma continuidade ou uma mudança significativa nas políticas públicas, especialmente em relação à segurança e à economia.

O resultado da eleição será fundamental para o futuro do Equador, que busca estabilidade em meio a crises simultâneas. A população espera que o próximo governo consiga enfrentar os desafios impostos pela violência do narcotráfico e pela crise econômica, que afetam diretamente a vida dos cidadãos.

Os candidatos têm se esforçado para apresentar propostas que atendam às demandas da população, mas a desinformação e a polarização política podem dificultar a clareza nas escolhas dos eleitores. O cenário está preparado para um embate decisivo nas urnas, onde cada voto pode fazer a diferença.

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