Chamas atingiram unidade da Moove; investigação sobre causas e danos ambientais está em andamento
10 de Fevereiro de 2025 às 09h56

Bombeiros combatem incêndio por 28 horas em fábrica de óleo na Ilha do Governador

Chamas atingiram unidade da Moove; investigação sobre causas e danos ambientais está em andamento

Após um intenso trabalho que durou cerca de 28 horas, o Corpo de Bombeiros conseguiu controlar um incêndio de grandes proporções que atingiu a fábrica de óleo da Moove, localizada na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu no último sábado (8) e mobilizou mais de 116 bombeiros e agentes da Defesa Civil, além de cerca de 20 unidades operacionais e mais de 35 viaturas.

No domingo (9), as equipes realizaram o trabalho de rescaldo, que consiste no resfriamento da área afetada para prevenir a reativação de focos de incêndio. Durante a operação, foram utilizadas escadas e plataformas mecânicas, além de drones equipados com câmeras térmicas para monitorar as áreas mais quentes.

O governador do estado, Cláudio Castro, destacou a importância da ação rápida e coordenada das equipes, afirmando que “evitou maiores danos e garantiu a segurança da população”. Em sua declaração, ele parabenizou os bombeiros e a Defesa Civil pelo empenho demonstrado durante a operação. “Agora, o trabalho continua para descobrirmos as causas e circunstâncias desse incêndio”, acrescentou.

De acordo com a Defesa Civil, diversas técnicas foram empregadas para extinguir as chamas. A espuma para líquidos inflamáveis foi uma das principais ferramentas utilizadas, pois acelera o processo de resfriamento e ajuda no abafamento dos produtos em combustão.

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Após o incêndio, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) identificou a presença de resíduos oleosos na Baía de Guanabara, resultantes do material que foi atingido pelo fogo. Técnicos do Inea estão atuando na contenção e recolhimento desses resíduos para evitar a dispersão em outras áreas.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou que irá investigar as causas e consequências ambientais do incêndio. O órgão requisitará um relatório técnico detalhado ao Inea, que deve incluir informações sobre a operação da fábrica e os possíveis impactos ambientais na região.

O Movimento Baía Viva, uma organização não governamental, já havia alertado sobre os riscos de desastres na fábrica da Moove em um inquérito iniciado em 2018. A organização expressou preocupação com a segurança da instalação, que concentra materiais inflamáveis em uma área urbana e em ilhas adjacentes.

A Moove, em nota oficial, informou que o incêndio afetou apenas a parte produtiva da fábrica e que todos os protocolos de segurança estavam em vigor no momento do incidente. A empresa, que atua na produção e distribuição de lubrificantes, reafirmou seu compromisso com a segurança operacional e a preservação do meio ambiente.

O Inea confirmou que a fábrica possui licença de operação válida até 28 de outubro de 2029, e a investigação sobre o incêndio está em andamento, com a expectativa de que as causas sejam esclarecidas em breve.

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