Fernando Haddad viaja ao Oriente Médio para fortalecer laços comerciais e diplomáticos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, embarcará na próxima sexta-feira (14) para uma viagem ao Oriente Médio, onde participará da Conferência de Al-Ula para Economias de Mercados Emergentes, promovida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O evento ocorrerá entre os dias 14 e 19 de fevereiro na Arábia Saudita.

Durante a estadia, Haddad buscará estreitar as relações comerciais do Brasil com três países estratégicos: Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos (EAU). A viagem é vista como uma oportunidade para aprofundar a diplomacia econômica e atrair investimentos desses países, que se tornaram cada vez mais relevantes nas relações comerciais do Brasil desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, o foco será discutir a relação comercial e os investimentos bilaterais. Fontes do governo indicam que anúncios podem ser feitos durante a viagem, dependendo do andamento das negociações. A equipe econômica do Brasil também pretende dar um novo impulso à relação com o Catar, que ainda não se traduziu em investimentos significativos.

Haddad será acompanhado por Guilherme Mello, secretário de Política Econômica, e Mathias Alencastro, assessor especial para Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. O ministro participará de um painel de encerramento na segunda-feira (17), intitulado “Um caminho para a resiliência dos Mercados Emergentes”, que contará com a presença de representantes de outros países, incluindo Turquia, Egito, Paquistão e Quênia.

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A agenda de Haddad inclui reuniões bilaterais com o ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, e com o ministro das Finanças do Catar, Ali bin Ahmed Al Kuwari. A primeira reunião está marcada para domingo (16), em Riad, onde Haddad discutirá a modernização das relações comerciais e os desafios da transição energética.

Além disso, a viagem ocorre em um contexto em que o Brasil ocupa a presidência da trilha financeira dos Brics, grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que recentemente se expandiu para incluir países como Egito e Emirados Árabes Unidos. Essa posição é considerada uma oportunidade para fortalecer o diálogo com nações do Oriente Médio e da Ásia.

A expectativa é que a conferência do FMI, que será realizada pela primeira vez na Arábia Saudita, abra novos espaços de diálogo em um cenário global competitivo. O evento é visto como uma chance para discutir não apenas a economia global, mas também a transição energética e os investimentos entre os países.

Haddad retornará ao Brasil na quarta-feira (19), após uma agenda intensa que visa não apenas fortalecer laços comerciais, mas também posicionar o Brasil como um ator relevante no cenário econômico internacional.