Licitação para eventos foi cancelada por 'conveniência administrativa'; prefeito Bebeto do Choró está foragido por suspeitas de corrupção.
13 de Fevereiro de 2025 às 19h59

Prefeitura de Choró revoga licitação de R$ 10 milhões em meio a crise administrativa

Licitação para eventos foi cancelada por 'conveniência administrativa'; prefeito Bebeto do Choró está foragido por suspeitas de corrupção.

A prefeitura de Choró, localizada no sertão do Ceará, a 180 quilômetros de Fortaleza e com aproximadamente 12 mil habitantes, decidiu revogar uma licitação que previa gastos de R$ 9.942.802,87 para a organização de festividades e eventos de interesse público.

De acordo com o edital, os recursos seriam destinados a “futuras e eventuais contratações de serviços de execução e promoção de festividades e eventos de interesse das diversas secretarias do município”.

A administração municipal justificou a revogação alegando “falha encontrada no aviso de licitação”, além de razões de “conveniência administrativa”.

O termo de revogação destaca: “Assim, percebendo-se a necessidade de retificar o aviso de licitação, buscando a melhor maneira de atendimento dos interesses da administração e, ainda, por razões de interesse público e em observância ao princípio da autotutela, fica revogado o presente processo licitatório, nos termos da legislação vigente, para todos os efeitos”.

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Atualmente, a cidade é administrada interinamente pelo presidente da Câmara Municipal, o vereador Paulo George Saraiva, conhecido como “Paulinho” (PSB). Isso ocorre porque o prefeito eleito, Carlos Alberto Queiroz Pereira, mais conhecido como Bebeto do Choró (PSB), está foragido desde dezembro do ano passado, em meio a uma investigação sobre suspeitas de compra de votos com dinheiro desviado de emendas parlamentares.

O esquema de corrupção em que Bebeto está implicado teria se espalhado por pelo menos 51 municípios cearenses. Ele foi impedido de tomar posse devido às investigações em curso.

Além disso, Bebeto do Choró é alvo de um inquérito que investiga emendas parlamentares enviadas ao Ceará pelo deputado Antôni Luiz Rodrigues Mano Júnior, conhecido como Júnior Mano (ex-PL).

Segundo as denúncias, Bebeto seria o responsável por abordar gestores públicos, oferecendo emendas em troca de uma comissão, o que caracteriza um esquema de desvio de recursos públicos.

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