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Prefeitura de São Paulo rompe contratos com empresas de ônibus ligadas ao PCC
Após negar recurso, a Prefeitura de São Paulo encerra contratos com Transwolff e Upbus, investigadas por ligações com o crime organizado.
A Prefeitura de São Paulo tomou uma decisão significativa nesta quarta-feira (19), ao negar o último recurso apresentado pelas empresas de ônibus Transwolff e Upbus, que estão sob investigação do Ministério Público por supostas ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Com essa ação, os contratos de transporte público com essas companhias serão oficialmente rompidos.
A determinação foi assinada pelo Secretário Municipal de Mobilidade Urbana, Celso Caldeira, e publicada no Diário Oficial. Este ato encerra o processo administrativo que visava a caducidade dos contratos, que já estavam sob intervenção da prefeitura desde abril do ano passado.
As empresas Transwolff e Upbus, que juntas atendiam cerca de 600 mil passageiros diariamente nas regiões Sul e Leste da capital paulista, enfrentam sérias acusações que comprometem sua operação. A Transwolff gerenciava 142 linhas com uma frota de 1.146 veículos, transportando aproximadamente 583 mil pessoas por dia. Já a Upbus operava 13 linhas com 158 ônibus, atendendo 73 mil passageiros diariamente.
De acordo com informações da prefeitura, a decisão de romper os contratos foi fundamentada em um relatório de auditoria que indicou que a Transwolff não possuía mais condições financeiras para operar. A Upbus, por sua vez, teve seus contratos encerrados devido à ligação de seus sócios com atividades do PCC.
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Com o rompimento, a prefeitura já planeja uma nova licitação para selecionar empresas que possam assumir as linhas anteriormente operadas pelas duas companhias. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) deverá publicar uma portaria nos próximos dias, iniciando o processo de chamamento público para a escolha das novas operadoras.
As investigações sobre as empresas começaram em resposta a denúncias que apontavam para irregularidades e descumprimentos contratuais. A intervenção municipal foi uma medida preventiva enquanto as empresas buscavam se defender no processo administrativo.
A expectativa é que a nova licitação ocorra de forma ágil, garantindo a continuidade do serviço de transporte público na cidade e minimizando os impactos para os usuários. A prefeitura informou que já há interesse de outras empresas em assumir as linhas afetadas, e uma avaliação criteriosa será realizada para assegurar que elas atendam aos requisitos necessários para operar.
Com essa medida, a gestão municipal busca não apenas garantir a eficiência do transporte público, mas também assegurar a integridade do serviço diante de investigações que envolvem organizações criminosas. A população aguarda ansiosamente por soluções que assegurem a normalidade do transporte na capital.
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