Homem internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas faleceu após incêndio em confecção
16 de Fevereiro de 2025 às 15h15

Tragédia em fábrica de fantasias em Ramos: uma vítima não resiste a ferimentos

Homem internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas faleceu após incêndio em confecção

Um incêndio devastador na fábrica de fantasias Maximus, localizada em Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou na morte de um dos trabalhadores internados. O homem, cuja identidade não foi divulgada, estava recebendo tratamento no Hospital Estadual Getúlio Vargas e faleceu no último domingo (16), conforme informado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

O incidente ocorreu na quarta-feira (12), quando fortes chamas consumiram a confecção, que se preparava para o carnaval. No total, 21 pessoas foram atendidas em unidades de saúde devido à inalação de fumaça tóxica e fuligem. Atualmente, seis vítimas permanecem internadas no hospital, incluindo uma mulher que apresenta melhora e está estável, enquanto outras cinco, sendo três mulheres e dois homens, seguem em estado grave e intubados.

Uma mulher que também estava internada foi transferida para outra unidade de saúde, mas a SES não revelou seu destino nem seu estado atual. Além disso, outra vítima permanece no Hospital Souza Aguiar, com quadro clínico estável.

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O incêndio chamou a atenção para as precárias condições de segurança no local. A fábrica, que confeccionava fantasias para escolas de samba da Série Ouro, não possuía licença do Corpo de Bombeiros e estava repleta de materiais altamente inflamáveis, como tecidos e colas, sem a presença de extintores ou mangueiras para combate a incêndios.

Durante o resgate, equipes do Corpo de Bombeiros tiveram que agir rapidamente, utilizando um alicate hidráulico para salvar quatro pessoas que estavam presas no terceiro andar do prédio, cercadas por fumaça. Moradores da região tentaram ajudar, enquanto os trabalhadores, em desespero, clamavam por socorro.

Relatos de funcionários indicam que muitos deles dormiam na fábrica devido à intensa carga de trabalho nas semanas que antecedem o carnaval. Uma funcionária, identificada apenas como Roberta, relatou que estava se preparando para tomar banho quando o fogo começou, por volta das 7h30 da manhã.

O caso está sendo investigado pela 21ª DP (Bonsucesso), e as autoridades buscam esclarecer as causas do incêndio e as condições de trabalho na fábrica. A tragédia levanta preocupações sobre a segurança dos trabalhadores em ambientes de alta pressão, especialmente em épocas de grande demanda como o carnaval.

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