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Flávio Bolsonaro critica PGR e defende pai em meio a denúncias de golpe de Estado
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirma que não há provas contra Jair Bolsonaro e ataca procurador-geral da República.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), se manifestou em suas redes sociais nesta terça-feira, 18, sobre as denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seu pai, que é acusado de ter liderado uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Flávio criticou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmando que ele estaria agindo sob pressão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua postagem, o senador declarou: “A tentativa de golpe nos prédios públicos vazios virou uma denúncia vazia, que não tem absolutamente NENHUMA PROVA contra Bolsonaro”.
O senador também fez menção ao que considera uma “esculhambação” por parte de Moraes em relação ao Ministério Público Federal, afirmando que o procurador se rebaixa ao atender interesses políticos. “Cumpre sua missão inconstitucional e imoral de atender ao fidalgo de Alexandre de Moraes e ao interesse nefasto de Lula, que está nos seus últimos meses de presidência”, afirmou Flávio, referindo-se à atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Flávio Bolsonaro ainda destacou que hoje haveria uma “comemoração dos destruidores da democracia em Brasília”, em alusão ao contexto da denúncia que envolve seu pai e outros 32 indivíduos. A acusação feita pela PGR envolve crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição do estado democrático de direito.
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Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, também se manifestou sobre a denúncia, afirmando que não causou surpresa, dado que a imprensa já havia indicado o movimento. Ele expressou confiança na inocência de Bolsonaro e na necessidade de que os princípios do devido processo legal sejam respeitados.
Por sua vez, Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, classificou as acusações como “ABSURDO” e uma “GUERRA POLÍTICA”, afirmando que há uma tentativa de silenciar o maior líder da direita no Brasil.
A denúncia da PGR, que possui 270 páginas, foi formalizada após uma investigação da Polícia Federal que apontou indícios de que Jair Bolsonaro teria solicitado alterações em um documento que planejava ações golpistas. Entre as propostas, estaria a prisão de ministros do STF e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
As investigações indicam que Bolsonaro teria sugerido a retirada de nomes de figuras políticas do texto, mas que o plano visava interferir nas eleições de 2022 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, segundo ele, teria tomado decisões “inconstitucionais” contra sua candidatura.
A denúncia foi oferecida por Paulo Gonet e agora será analisada pela Primeira Turma do STF, sob a relatoria de Alexandre de Moraes.
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