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Haddad destaca desafio de isentar IR para quem ganha até R$ 5 mil e compensar arrecadação
Ministro da Fazenda enfatiza necessidade de equilibrar carga tributária em entrevista.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou o desafio da isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas com renda mensal de até R$ 5 mil, em entrevista concedida ao canal ICL Notícias. Ele destacou que a principal questão não será apenas isentar, mas sim compensar a carga tributária de quem não paga impostos.
“O desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga. Quem não está pagando nada contra o trabalhador que está pagando 27,5%, vamos equilibrar um pouco”, afirmou Haddad, referindo-se à necessidade de uma reforma tributária que busque justiça fiscal.
O governo federal planeja implementar essa isenção a partir de 2026, e a equipe econômica defende que o projeto seja neutro, ou seja, que não resulte em aumento ou perda na arrecadação.
Durante a entrevista, Haddad também mencionou que está em diálogo constante com o Congresso Nacional para garantir a aprovação dessa proposta. Ele enfatizou que a parte mais complexa da negociação será a compensação necessária para viabilizar a isenção para os que ganham menos.
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“Vamos ter que chegar no andar de cima e pedir assim: você que não está pagando nada, contra o trabalhador que está pagando 27% do imposto, vamos equilibrar esse jogo, você vai pagar um pouco para ele pagar menos”, explicou o ministro.
Além disso, Haddad ressaltou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está promovendo a maior reforma tributária da história do Brasil, com o objetivo de buscar justiça tributária e melhorar a distribuição da carga tributária.
O ministro também comentou sobre a expectativa de redução da inflação, citando a recente queda do dólar e o aumento da safra de alimentos como fatores que podem contribuir para a estabilização dos preços. “Quando o dólar está muito forte, ele causa inflação no mundo inteiro, mas com a queda do dólar, acreditamos que os preços vão se estabilizar”, afirmou.
Haddad ainda abordou a importância de um orçamento equilibrado para a sustentabilidade da economia brasileira e a necessidade de aprovar medidas que possam aumentar o consumo e o investimento da população, mesmo em um cenário de juros altos.
Ele finalizou destacando que a equipe econômica está empenhada em reestruturar as contas públicas, após anos de desarranjo, e que o governo busca garantir que as políticas sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), tenham sustentabilidade a longo prazo.
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