O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, advertiu que o Hamas deve libertar reféns ou enfrentar consequências severas.
06 de Março de 2025 às 06h34

Trump emite ultimato ao Hamas e exige liberação imediata de reféns

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, advertiu que o Hamas deve libertar reféns ou enfrentar consequências severas.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou um severo aviso ao Hamas nesta quarta-feira, 5 de março, exigindo a liberação imediata de todos os reféns mantidos pelo grupo na Faixa de Gaza. Em uma postagem em sua rede social Truth Social, Trump afirmou que os líderes do Hamas têm uma "última oportunidade" para se afastar da região antes que ações drásticas sejam tomadas.

“Estou enviando a Israel tudo o que precisa para terminar o trabalho. Nenhum membro do Hamas estará a salvo se não fizerem o que eu digo”, declarou Trump, reforçando a pressão sobre o grupo islamista palestino. Ele enfatizou que a situação é crítica, afirmando: “Este é seu último aviso! Para os dirigentes, agora é a hora de sair de Gaza, enquanto ainda têm uma chance.”

As ameaças de Trump surgem em um momento em que os Estados Unidos e o Hamas confirmaram ter realizado contatos diretos, uma mudança significativa na política americana que tradicionalmente evita negociações com grupos considerados terroristas. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que o enviado especial para reféns, Adam Boehler, estava envolvido nas negociações, mas não forneceu detalhes, citando que "vidas americanas estão em jogo".

Trump também se reuniu com ex-reféns do Hamas que foram libertados recentemente, o que intensificou suas declarações. Ele afirmou que o Hamas deve devolver imediatamente os corpos dos israelenses que foram mortos. “Liberte todos os reféns agora, não depois, e devolva imediatamente todos os corpos das pessoas que vocês assassinaram, ou ACABOU para vocês”, enfatizou o ex-presidente.

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Atualmente, o Hamas ainda detém 59 reféns, dos quais 35 foram confirmados como mortos e 24 estão vivos. A situação é delicada, pois a primeira fase de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, terminou recentemente, mas as negociações para a segunda fase estão estagnadas.

O novo chefe do Estado-Maior israelense, Eyal Zamir, declarou que a missão de derrotar o Hamas ainda não está completa, afirmando que “o Hamas sofreu um golpe duro, mas não está ainda derrotado”. Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou sua determinação em garantir a vitória contra o grupo.

Desde o início do conflito em outubro de 2023, que resultou em uma ofensiva devastadora de Israel após um ataque do Hamas, a situação humanitária na Faixa de Gaza se deteriorou rapidamente. De acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, mais de 48 mil pessoas, a maioria civis, perderam a vida durante os combates, enquanto Israel registrou a morte de mais de mil cidadãos em decorrência do conflito.

Recentemente, um acordo de trégua foi estabelecido, permitindo a troca de reféns e prisioneiros, mas o futuro desse cessar-fogo permanece incerto, com as partes discordando sobre os termos da continuidade. O Hamas exige a aplicação de um cessar-fogo permanente, enquanto Israel insiste na desmilitarização total da região e na devolução dos reféns antes de avançar para a próxima fase das negociações.

Enquanto isso, líderes árabes se reuniram no Cairo para discutir a reconstrução de Gaza, excluindo o Hamas do processo e propondo o retorno da Autoridade Palestina ao controle da região. O plano, no entanto, foi rejeitado por Israel, que busca garantir a segurança e a estabilidade na área antes de qualquer acordo.

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