Gleisi Hoffmann critica Bolsonaro por ofensas a mulheres petistas em rede social

A nova ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, utilizou suas redes sociais neste sábado, 8 de março, para rebater as declarações machistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, em um evento recente, chamou mulheres que apoiam o Partido dos Trabalhadores (PT) de "feias" e "incomíveis". As falas de Bolsonaro, que foram registradas em vídeo, geraram risadas entre os presentes, mas também provocaram uma forte reação nas redes sociais.

Gleisi, que assumirá o ministério na próxima segunda-feira, 10 de março, em substituição a Alexandre Padilha, destacou em sua publicação: “Aquelas que o inelegível chamou de 'feias' e outras palavras impublicáveis, expondo o machismo e a misoginia da extrema-direita que ele representa. Lhe falta espelho! E logo lhe faltará liberdade.”

A nova ministra também aproveitou a data para ressaltar a importância da presença feminina no PT. “Fico muito orgulhosa de ter presidido um partido em que as mulheres exercem 50% de todos os cargos de direção. O primeiro partido no Brasil em que a paridade de gênero foi efetivada”, afirmou Gleisi, enfatizando a luta contínua das mulheres na política.

As críticas de Bolsonaro às mulheres petistas foram feitas durante uma reunião em sua casa em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e foram amplamente divulgadas. Ele declarou em um vídeo que “não há mulher bonita petista” e que, ao ser xingado por uma mulher em um aeroporto, ele se surpreendeu com a aparência dela, o que provocou risadas entre seus aliados.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

A resposta de Gleisi Hoffmann não apenas destaca a misoginia presente nas falas de Bolsonaro, mas também reforça a luta pela igualdade de gênero no Brasil. “O Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade de lembrar o muito que precisa ser feito, mas também de celebrar conquistas nesta caminhada”, acrescentou.

Além das declarações de Gleisi, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, encaminhou à Procuradoria-Geral da República as defesas de Bolsonaro e de outros acusados em investigações sobre tentativas de golpe de Estado e outros crimes, incluindo organização criminosa. A situação política do ex-presidente continua a ser um tema de intenso debate no país.

Com a posse de Gleisi no ministério, o PT espera fortalecer sua presença no governo e continuar a promover políticas que visem à igualdade de gênero e à valorização das mulheres na política brasileira. A nova ministra é conhecida por sua atuação em defesa dos direitos das mulheres e pela luta contra a misoginia.

A troca de comando no ministério ocorre em um momento em que o governo Lula busca consolidar sua base de apoio e enfrentar os desafios impostos pela oposição, especialmente em relação às questões de gênero e direitos humanos.