Presidente da Câmara destaca a importância de uma agenda positiva e diálogo no Congresso para enfrentar desafios econômicos.
12 de Março de 2025 às 16h42

Hugo Motta defende responsabilidade fiscal e apoio interno para Haddad

Presidente da Câmara destaca a importância de uma agenda positiva e diálogo no Congresso para enfrentar desafios econômicos.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, enfatizou nesta quarta-feira, 12, a necessidade de responsabilidade fiscal nos gastos públicos e a importância de um suporte interno para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante sua participação no Brazil Summit, promovido pelo Lide e pelo jornal Correio Braziliense, Motta afirmou que Haddad precisa de mais apoio dentro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do que de fontes externas.

Em seu discurso, Motta alertou para os desafios impostos pela alta taxa de juros, que ele descreveu como “amedrontadora”, e destacou a urgência de discutir a eficiência da máquina pública. O presidente da Câmara argumentou que o Congresso deve atuar como um pilar de responsabilidade e aprovação de reformas, evitando radicalismos e enfrentamentos vazios.

“A agenda precisa ser positiva para o país. Temos um desafio: fazer com que o Brasil deixe de ser o país do futuro e passe a ser o país do presente”, declarou Motta, ressaltando a necessidade de um clima de otimismo para impulsionar o crescimento econômico.

O deputado também mencionou que a agenda do ministro Haddad foi amplamente apoiada pelo Congresso nos últimos dois anos, mas enfatizou que é crucial que o ministro receba um suporte contínuo, tanto interno quanto externo, para implementar as reformas necessárias.

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Motta destacou que não é mais viável ignorar as decisões do governo em relação a despesas e gastos públicos. “Não será possível promover políticas de evolução com a inflação descontrolada, a taxa de juros subindo e o dólar alto”, afirmou, enfatizando que a situação atual é prejudicial e pode travar investimentos.

O presidente da Câmara também abordou a importância de uma reforma tributária que contribua para a desburocratização e defendeu o agronegócio, afirmando que ele deve ser exaltado e não criminalizado. Motta reiterou a necessidade de um diálogo constante com o Executivo e o Judiciário, sublinhando a importância de uma maior segurança jurídica para que empresários se sintam confiantes em investir.

Esses pontos foram discutidos em um contexto onde o governo federal enfrenta dificuldades significativas para controlar a taxa de juros, que está prevista para atingir 15% este ano, impactando diretamente o crédito e o consumo no Brasil. Especialistas apontam que a elevação das taxas pelo Banco Central é uma tentativa de conter a inflação, mas isso tem limitado a recuperação econômica.

O cenário atual, caracterizado pela combinação de uma taxa de juros elevada e a necessidade de reformas fiscais, deve dominar a agenda do governo nos próximos meses, enquanto o presidente Lula enfrenta a maior crise de popularidade de seus mandatos. A responsabilidade fiscal, defendida por Motta, é vista como um pilar fundamental para criar um ambiente mais favorável à redução dos juros e à recuperação econômica do Brasil.

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