O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a anexação da Groenlândia é essencial para a segurança internacional.
14 de Março de 2025 às 17h38

Trump afirma que anexação da Groenlândia pelos EUA é iminente e pede apoio da OTAN

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a anexação da Groenlândia é essencial para a segurança internacional.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou seu interesse na anexação da Groenlândia, território autônomo dinamarquês, durante uma reunião com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, na Casa Branca. Trump declarou que a medida é crucial para a segurança global, afirmando: “Acho que vai acontecer. Precisamos disso para a segurança internacional”.

Essa proposta não é nova; Trump já havia manifestado interesse em adquirir a Groenlândia em 2019, mas o assunto voltou à tona após seu retorno ao cargo. Durante a conversa, ele enfatizou a necessidade de garantir o controle sobre a ilha, ressaltando que “os EUA precisam disso para a segurança, não apenas a nossa, mas a segurança internacional”.

Rutte, por sua vez, tentou minimizar a proposta, afirmando que a questão da Groenlândia não deveria ser discutida no contexto da OTAN. “Quando se trata da Groenlândia, entrar ou não entrar nos EUA, eu deixaria isso de fora... desta discussão, porque não quero arrastar a OTAN para isso”, disse ele, em tom de brincadeira.

Apesar da tentativa de Rutte de desviar o assunto, ele reconheceu que Trump estava “totalmente certo” ao destacar as preocupações de segurança na região do Alto Norte e no Ártico, especialmente diante da crescente presença de Rússia e China na área. Rutte enfatizou a importância de as nações ocidentais trabalharem juntas sob a liderança dos EUA.

Trump reiterou que a Groenlândia é vital para a segurança nacional e internacional dos EUA, afirmando que “é por isso que a OTAN pode ter que se envolver de alguma forma”. Ele também mencionou que os EUA já possuem bases e centenas de soldados na Groenlândia, sugerindo que a presença militar poderia aumentar.

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As declarações de Trump provocaram uma rápida reação do governo da Groenlândia. O primeiro-ministro em exercício, Mute Egede, utilizou suas redes sociais para criticar a ideia de anexação, afirmando: “O presidente dos EUA mais uma vez ventilou a ideia de nos anexar. Já chega”.

A Groenlândia, com uma área de 2,2 milhões de quilômetros quadrados e uma população de cerca de 60 mil habitantes, é considerada estrategicamente importante devido à sua localização no Ártico e aos recursos minerais ainda não explorados. Além disso, abriga uma base militar dos EUA em Thule.

A proposta de anexação gerou reações negativas em várias partes do mundo, com líderes da União Europeia criticando a postura dos EUA. O governo francês classificou a ideia como imperialista, enquanto autoridades da Alemanha reforçaram que mudanças territoriais não podem ocorrer por meio da força.

Em resposta ao crescente interesse dos EUA na Groenlândia, o governo dinamarquês, liderado pelo chanceler Lars Løkke Rasmussen, manifestou disposição para dialogar e equilibrar os interesses americanos na região, especialmente em um momento de crescente disputa geopolítica no Ártico.

Se a proposta de Trump for concretizada, ele poderá repetir um feito histórico semelhante ao do presidente Andrew Johnson, que adquiriu o Alasca em 1867. Além da Groenlândia, Trump também mencionou a possibilidade de adquirir o Canal do Panamá e até mesmo a incorporação do Canadá aos Estados Unidos.

A Rússia, que possui interesses estratégicos na região do Ártico, declarou que busca manter a paz e a estabilidade, monitorando de perto a situação e mantendo diálogo com outras nações para evitar escaladas de tensão.

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