
Brasil se torna o segundo maior produtor de ar-condicionado do mundo em 2024
Com crescimento de 38%, Brasil fica atrás apenas da China na produção de ar-condicionado.
O Brasil alcançou um marco significativo em 2024, tornando-se o segundo maior produtor mundial de ar-condicionado, com uma impressionante produção de 5,9 milhões de unidades, conforme anunciado pelo governo nesta segunda-feira (17). O país agora fica atrás apenas da China, que lidera o ranking global.
Esse crescimento expressivo de 38% em relação ao ano anterior é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo a recuperação econômica e o aumento das temperaturas, que geraram uma demanda crescente por sistemas de climatização.
Além do ar-condicionado, os números da indústria eletroeletrônica também revelaram avanços significativos em outras categorias de produtos. A linha marrom, que inclui televisores e equipamentos similares, alcançou 13,5 milhões de unidades produzidas, representando um aumento de 22% em comparação com 2023. Já a linha branca, que abrange geladeiras, fogões e máquinas de lavar, registrou um crescimento de 17%, retornando aos níveis pré-pandemia.
José Jorge do Nascimento Júnior, presidente-executivo da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), destacou que dois fatores principais impulsionaram esse crescimento. O primeiro é a economia aquecida, que se reflete no aumento da geração de empregos e na redução da inflação, facilitando a aquisição de produtos pela população.
“Tivemos um aumento na geração de empregos, controle da inflação no primeiro semestre do ano passado e políticas de distribuição de renda eficazes. O programa Desenrola foi muito positivo, impactando diretamente na aquisição de produtos, já que a maioria das compras é parcelada”, afirmou Nascimento.


O segundo fator mencionado foi o impacto das mudanças climáticas, que elevaram as temperaturas e, consequentemente, a demanda por ar-condicionado e outros produtos de climatização. “A elevação das temperaturas fez com que a população buscasse conforto e bem-estar, adquirindo ar-condicionado, ventiladores e outros produtos”, acrescentou.
Os dados foram apresentados em uma coletiva de imprensa que contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a reunião, Alckmin enfatizou que o crescimento do setor é resultado das políticas implementadas pelo governo.
“A boa notícia não sai do forno, sai da geladeira”, brincou o vice-presidente, reforçando o compromisso do governo com o combate às mudanças climáticas e destacando os investimentos de R$ 5 bilhões que o setor fará no Brasil nos próximos dois anos.
Além do aumento da produção, o Brasil também observou um crescimento nas vendas de eletrodomésticos, que totalizaram 117,7 milhões de unidades, um aumento de 29%, representando o melhor desempenho da última década.
O presidente da Eletros, Jorge Nascimento, também mencionou que o setor está começando a observar um aumento nas exportações de eletroeletrônicos, embora ainda representem apenas 10% do volume total produzido no país.
Com esses resultados, o Brasil não apenas se consolida como um importante player no mercado de ar-condicionado, mas também demonstra a resiliência e o potencial de crescimento do setor eletroeletrônico em um cenário desafiador.
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