
Haddad defende isenção de IR e afirma que super-ricos financiarão medida
Ministro da Fazenda explica que proposta de isenção do Imposto de Renda não aumentará a carga tributária para a população.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta de isentar o Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil não implicará em aumento de impostos para a população. Haddad participou do programa “Bom dia, Ministro”, onde detalhou a nova medida que visa beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros.
De acordo com o ministro, a isenção será financiada por aqueles que atualmente não pagam o imposto. “A proposta foi muito bem recebida, porque quem vai pagar essa conta é quem hoje não paga o Imposto de Renda”, declarou. Ele ressaltou que a mudança não se trata de uma bondade para com os trabalhadores, mas sim de justiça tributária.
O governo estima que cerca de 141 mil pessoas, que ganham mais de R$ 600 mil por ano, serão responsáveis pela compensação da isenção. Haddad explicou que esses contribuintes, que atualmente não pagam a alíquota efetiva do imposto, passarão a contribuir de forma mais justa.
“Essa proposta não tem um centavo de aumento de imposto. Não se aumenta imposto de ninguém. Você simplesmente cobra de quem não paga e isenta quem hoje está pagando além da conta”, afirmou o ministro, referindo-se a categorias como bombeiros, professores e enfermeiros, que poderão ter um aumento significativo em sua renda disponível.


A proposta do governo foi apresentada na última terça-feira (18) e prevê a ampliação da isenção do IR a partir de 1º de janeiro de 2026. Atualmente, a faixa de isenção é de R$ 2.259,20, e a nova medida permitirá que quem ganha até R$ 5 mil não pague mais o imposto, enquanto aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil terão um desconto parcial.
Haddad também criticou a gestão anterior, afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro havia prometido isentar os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil, mas não cumpriu a promessa. “Até o Bolsonaro prometeu isentar o trabalhador até R$ 5 mil e depois desconversou”, disse.
O ministro enfatizou que a proposta é neutra em termos de arrecadação, pois a compensação virá da cobrança de impostos dos mais ricos, garantindo que não haverá perda de receita para os estados e municípios. “Estamos falando de justiça tributária aqui”, completou.
Haddad finalizou sua fala reafirmando a importância da medida para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores que se beneficiarão da isenção, destacando que a proposta é uma forma de corrigir desigualdades no sistema tributário brasileiro.
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