Em 21 de março, o Dia Mundial da Síndrome de Down destaca a importância da inclusão e do suporte às pessoas com a condição.
22 de Março de 2025 às 13h00

Dia Mundial da Síndrome de Down: Celebrando a Inclusão e o Apoio Necessário

Em 21 de março, o Dia Mundial da Síndrome de Down destaca a importância da inclusão e do suporte às pessoas com a condição.

O Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado anualmente em 21 de março, é uma ocasião dedicada à conscientização e à promoção da inclusão das pessoas que vivem com essa condição genética. Neste ano, a campanha tem como tema “Melhorar os sistemas de apoio”, enfatizando a necessidade de garantir suporte adequado para a plena integração social das pessoas com síndrome de Down.

No Brasil, aproximadamente 350 mil pessoas convivem com a síndrome, segundo dados do Ministério da Saúde, e cerca de 8 mil novos casos são diagnosticados anualmente. A data serve como um lembrete da importância de respeitar os direitos e promover a inclusão dessas pessoas na sociedade.

Manuela Amorim Andrade, uma jovem de 12 anos de São José do Rio Preto, é um exemplo inspirador de como o estímulo adequado pode fazer a diferença. Nascida com síndrome de Down, ela se destaca por sua paixão por desfiles e produção de vídeos. Seu desenvolvimento é acompanhado de perto por educadores, e ela participa ativamente das atividades escolares.

A síndrome de Down é causada por uma alteração genética que resulta em uma cópia extra do cromossomo 21, podendo acarretar comprometimentos motores e intelectuais. Especialistas ressaltam que o estímulo precoce é fundamental para o desenvolvimento e a autonomia dos indivíduos.

“A Manu é tudo para mim, é pelo que eu vivo. Minha missão de vida é fazer com que ela se torne um ser humano maravilhoso, independente e feliz”, afirma a mãe, Marina Amorim.

A professora-auxiliar Daniela Félix destaca o orgulho que sente por Manuela, ressaltando sua determinação e pontualidade. “Ela não falta, sempre está disposta a tudo”, conta. Fora da sala de aula, Manuela é cercada por amigas e mantém uma rotina ativa, que inclui academia e atividades sociais.

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Em uma entrevista, a professora colaborativa de educação especial, Zélia Maria Cardoso, enfatiza que a inclusão vai além da presença física na escola. “Para que ocorra a inclusão, a escola precisa receber a família, a comunidade e trabalhar a conscientização dos alunos sobre respeito e empatia”, explica.

O estímulo desde os primeiros anos de vida é crucial para o desenvolvimento motor e cognitivo. Lorenzo, um menino de 4 anos, participa de aulas de natação com sua mãe, Amanda Nunes da Silva, que é professora de esportes. “Ele começou cedo, fazendo terapias na APAE e depois seguiu para clínicas especializadas”, relata Amanda.

A médica geneticista Agnes Conte afirma que cada caso é único, mas o estímulo adequado pode transformar vidas. “O cérebro responde muito aos estímulos externos. Sessões de fisioterapia, fonoterapia e terapia ocupacional são essenciais para um futuro melhor”, explica.

Para muitas mães, o diagnóstico pode ser desafiador, mas o amor é um fator transformador. “No início, veio o medo, a incerteza sobre como seria o desenvolvimento dela. Mas, com o tempo, conhecemos profissionais maravilhosos que nos ajudaram”, recorda Marina.

“Tudo que a gente é hoje, é graças a ele. Ele veio para mudar a minha vida e da minha família”, diz Amanda sobre seu filho.

O apoio familiar, combinado com o estímulo correto, é fundamental para que crianças com síndrome de Down desenvolvam autonomia e qualidade de vida. “O amor supera todas as dificuldades. Amar e estimular é o caminho para um desenvolvimento pleno”, conclui Amanda.

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