
Mauro Cid solicita autorização ao STF para viajar a São Paulo com a filha
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro é acusado de envolvimento em golpe de Estado e busca permissão para evento familiar.
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, protocolou um pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (24) para obter autorização para viajar a São Paulo. O objetivo da viagem é acompanhar a filha, que participará de um evento de premiação no dia 1º de abril.
Mauro Cid é um dos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostamente ter participado de uma trama golpista que visava manter Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota nas eleições de 2022. Ele está entre os acusados que serão julgados nesta terça-feira (25) pelo STF.
Atualmente, Cid cumpre medidas cautelares e deve se apresentar semanalmente à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, além de não ter permissão para deixar a cidade onde reside. No pedido, a defesa enfatiza que o ex-militar está sob monitoramento há dois anos e nunca descumpriu as determinações judiciais.
A solicitação destaca que a viagem não prejudicaria as investigações já concluídas e pede que o ministro Alexandre de Moraes considere a situação familiar de Cid, que deseja acompanhar a premiação da filha, campeã na categoria Jovem Cavalheiro da Confederação Brasileira de Hipismo.


O evento em São Paulo também inclui uma competição de hipismo, que ocorrerá entre os dias 2 e 7 de abril, no Jockey Club da capital paulista. A defesa argumenta que seria injusto o ex-ajudante de ordens não poder participar desse momento importante na vida da filha, especialmente após enfrentar dificuldades pessoais e familiares devido às investigações.
Os advogados de Cid ressaltam que ele se compromete a se apresentar à Justiça logo após a viagem, conforme as exigências estabelecidas por Moraes. O julgamento da denúncia da PGR, que envolve outros integrantes do governo Bolsonaro, está programado para iniciar nesta terça-feira, e o resultado pode ter implicações significativas para os acusados.
Além de Mauro Cid, outros nomes de destaque que fazem parte do núcleo central da acusação incluem os ex-ministros Walter Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, bem como o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
O desfecho desse julgamento poderá trazer novas repercussões para o cenário político brasileiro, especialmente em relação aos envolvidos na trama que, segundo a PGR, visava desestabilizar a democracia no país.
Veja também: