
Trump assina decreto que impõe tarifa de 50% sobre produtos brasileiros
A nova tarifa é justificada por ações do governo brasileiro que ameaçam a segurança nacional dos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que estabelece uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Essa medida, que foi anunciada anteriormente, resulta em uma sobretaxa adicional de 40% sobre uma tarifa já existente de 10%, totalizando 50% para as importações do Brasil.
A Casa Branca divulgou que a decisão foi motivada por políticas e práticas do governo brasileiro que, segundo o comunicado oficial, representam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos.
O decreto menciona que o governo brasileiro tem perseguido, intimidado e censurado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, o que, na avaliação da administração Trump, configura graves violações dos direitos humanos e um enfraquecimento do Estado de Direito no Brasil.
Trump, em sua comunicação, afirmou que o prazo para que os parceiros comerciais, incluindo o Brasil, negociassem tarifas com os Estados Unidos não será prorrogado. “O prazo de 1º de agosto é o prazo de 1º de agosto — ele continua firme e não será prorrogado”, escreveu Trump em uma rede social, indicando que a data é crucial para as negociações comerciais.


O Brasil, que já enfrentava uma ameaça de tarifa de 10%, agora se vê sob uma pressão tarifária significativa, sendo o país que pode sofrer a maior taxa de importação, conforme declarado por Trump. O presidente americano também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, alegando que suas ações são parte de uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro.
A nova ordem executiva se baseia na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977, que permite ao presidente dos EUA tomar medidas em resposta a ameaças à segurança nacional. A Casa Branca declarou que a medida visa proteger empresas americanas e assegurar a liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA, responsabilizando aqueles que violam direitos humanos.
Além das tarifas, a escalada das tensões diplomáticas entre os dois países inclui restrições de visto a estrangeiros envolvidos em censura e ações que comprometam a liberdade de expressão. Recentemente, o secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou que os vistos de figuras ligadas ao STF e de seus familiares foram revogados.
Com a implementação dessa nova tarifa, o governo Trump reafirma seu compromisso em proteger os interesses americanos e combater práticas que, segundo eles, ameaçam os valores democráticos. O comunicado finalizou afirmando que a defesa da liberdade de expressão e da soberania americana continuará sendo uma prioridade na política externa dos EUA.
Matéria em atualização.
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