Senadores começam a indicar membros para a CPI que investigará milícias e facções criminosas no Brasil.
31 de Outubro de 2025 às 15h56

CPI do Crime Organizado terá Flávio Bolsonaro e Sérgio Moro entre os indicados

Senadores começam a indicar membros para a CPI que investigará milícias e facções criminosas no Brasil.

Os partidos políticos iniciaram oficialmente a indicação de senadores para compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, que será instalada no Senado. Entre os nomes já confirmados estão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), atual presidente da Comissão de Segurança Pública, e Sérgio Moro (União Brasil-PR), ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato.

A oposição deve ter uma participação significativa na composição da CPI. Além de Flávio Bolsonaro e Sérgio Moro, a lista de senadores indicados como titulares inclui Marcos do Val (Podemos-ES), que está licenciado, Magno Malta (PL-ES), Alessandro Vieira (MDB-SE), Otto Alencar (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Rogério Carvalho (PT-SE) e Jaques Wagner (PT-BA).

No que diz respeito aos suplentes, até o momento, foram indicados Marcio Bittar (PL-AC), Eduardo Girão (Novo-CE) e Fabiano Contarato (PT-ES), que já foi delegado de polícia. Com isso, ainda há seis vagas em aberto, sendo necessário registrar dois membros titulares e quatro suplentes. As indicações estão sendo feitas pelos líderes partidários e, na instalação da CPI, os nomes serão validados, além da eleição do presidente, vice e relator.

A composição da CPI deverá refletir a representação dos partidos e blocos parlamentares no Senado. Partidos de oposição ao governo, como o PP e os Republicanos, ainda não registraram suas indicações, o que pode impactar na definição final da composição.

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A CPI foi criada em resposta a uma megaoperação policial contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, que ocorreu recentemente e resultou em um número elevado de mortes. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou a criação da CPI, que terá como foco investigar a estrutura, expansão e funcionamento do crime organizado, com ênfase na atuação de milícias e facções.

“É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, afirmou Davi Alcolumbre em nota sobre a instalação da CPI.

O colegiado será composto por 11 membros titulares e 7 suplentes, com um prazo de funcionamento de 120 dias. A instalação da CPI está prevista para a próxima terça-feira, 4 de novembro. A escolha do relator da CPI ainda depende de acordos entre os partidos, sendo que Alessandro Vieira já manifestou interesse em assumir essa função.

Além da CPI, a situação no Rio de Janeiro segue sendo monitorada, especialmente após a operação que deixou um saldo de fatalidades significativo, com o governo do estado contabilizando mais de uma centena de mortos, enquanto a Defensoria Pública aponta um número ainda maior.

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