A bandeira vermelha patamar 1 implica em R$ 4,46 a mais por 100 kWh consumidos, assim como em outubro.
31 de Outubro de 2025 às 19h56

Aneel mantém bandeira vermelha patamar 1 em novembro, com custo adicional nas contas

A bandeira vermelha patamar 1 implica em R$ 4,46 a mais por 100 kWh consumidos, assim como em outubro.

Em anúncio realizado nesta sexta-feira, 31, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a manutenção da bandeira vermelha patamar 1 para o mês de novembro. Essa classificação resulta em um custo adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, repetindo o que ocorreu em outubro.

A decisão da Aneel se baseia em um cenário desfavorável para a geração de energia, especialmente em usinas hidrelétricas, devido à persistente escassez de chuvas e à redução dos níveis dos reservatórios. Para garantir o fornecimento de energia, a agência reguladora justificou a necessidade de acionar usinas termelétricas, que apresentam custos mais elevados.

“Além disso, a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente durante a noite e nos horários de pico de consumo. Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda”, destacou a Aneel em comunicado oficial.

O sistema de bandeiras tarifárias, implementado em 2015, tem como objetivo sinalizar ao consumidor os custos reais da geração de energia no país, refletindo a disponibilidade de recursos hídricos e o uso de fontes de geração mais caras. As bandeiras verde, amarela e vermelha 1 e 2 indicam se haverá ou não cobranças adicionais nas contas de luz.

A bandeira verde, que indica condições favoráveis de geração, não gera custos extras. Por outro lado, as bandeiras amarela e vermelha sinalizam um aumento nos custos de geração, exigindo o uso de fontes mais onerosas, como as termelétricas.

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O modelo atual também visa mitigar os impactos financeiros nas distribuidoras de energia, que antes arcavam com os custos mais altos por meses, repassando-os apenas no reajuste tarifário anual, o que incluía juros.

Com a manutenção da bandeira vermelha, os consumidores devem se preparar para um cenário de custos elevados nas contas de luz, mesmo que haja a expectativa de uma possível transição para a bandeira amarela em dezembro, que implicaria em um custo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.

Além disso, as projeções para os primeiros meses de 2026 indicam uma possível mudança para a bandeira verde, que não acarretaria cobranças adicionais. Contudo, essa expectativa pode ser afetada pela continuidade da escassez de chuvas, que tem impactado as previsões desde fevereiro deste ano.

O aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) também é um fator relevante, uma vez que determina o valor da energia a ser produzida em um determinado período. A Aneel continua monitorando a situação e poderá ajustar as bandeiras conforme a evolução das condições climáticas e de geração de energia.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para proporcionar maior transparência e previsibilidade aos consumidores, permitindo que eles se planejem melhor em relação aos custos de energia elétrica, especialmente em períodos de seca ou baixa geração.

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