Trump afirma que dias de Maduro na presidência da Venezuela estão contados
O presidente dos EUA minimiza a possibilidade de uma guerra contra a Venezuela em entrevista à CBS
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em uma entrevista exibida no último domingo (2) que acredita que os dias de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, estão contados. Durante a conversa com a emissora CBS, Trump também minimizou os temores de uma guerra iminente entre os dois países da América do Sul.
Trump fez suas declarações enquanto os Estados Unidos intensificavam suas operações no Caribe, onde realizaram ataques contra embarcações suspeitas de envolvimento no tráfico de drogas. Essas ações resultaram em dezenas de mortes nas últimas semanas. Ao ser questionado se os Estados Unidos entrariam em guerra contra a Venezuela, Trump respondeu: “Duvido. Não acredito”.
Contudo, quando indagado se acreditava que os dias de Maduro estavam contados, o presidente americano afirmou: “Eu diria que sim. Acho que sim, sim”. Maduro, que enfrenta acusações de narcotráfico nos EUA, alegou que o governo americano utiliza o tráfico de drogas como justificativa para tentar impor uma mudança de regime em Caracas e controlar as reservas de petróleo do país.
Nos últimos meses, mais de 15 ataques realizados por forças norte-americanas no Caribe e no Pacífico resultaram na morte de pelo menos 65 pessoas. Especialistas apontam que essas operações, iniciadas em setembro, podem ser vistas como execuções extrajudiciais, mesmo que os alvos sejam traficantes conhecidos.
Até o momento, Washington não apresentou evidências que comprovem que os alvos dos ataques estavam contrabandeando narcóticos ou representavam uma ameaça direta aos Estados Unidos. A situação se torna ainda mais tensa à medida que Maduro busca apoio militar e financeiro de aliados, como Rússia e China, para fortalecer a defesa do país.
Recentemente, o jornal “The Washington Post” noticiou que Maduro enviou cartas a esses governos solicitando assistência. Apesar das tensões, o líder venezuelano demonstrou disposição para negociar com os Estados Unidos, desde que haja garantias de participação do chavismo em uma possível transição política e anistia para membros de seu governo.
Enquanto isso, Maduro acusou Washington de “fabricar uma nova guerra”, e o presidente colombiano, Gustavo Petro, criticou os ataques, afirmando que os EUA os utilizam como uma forma de dominar a América Latina.
Trump, por sua vez, destacou que seu governo não permitiria a entrada de pessoas de várias partes do mundo, mencionando especificamente a Venezuela como um foco de problemas, citando gangues como o Tren de Aragua, que ele descreveu como “a gangue mais cruel do mundo”.
Veja também: