O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não planeja ações militares contra o país sul-americano, apesar de movimentações militares na região.
31 de Outubro de 2025 às 14h36

Trump nega considerar ataques militares à Venezuela em meio a tensões regionais

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não planeja ações militares contra o país sul-americano, apesar de movimentações militares na região.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (31) que não está considerando a possibilidade de realizar ataques militares na Venezuela. A afirmação foi feita durante uma coletiva a bordo do Air Force One, onde Trump foi questionado sobre a mobilização militar dos EUA na região do Caribe.

“Não”, respondeu Trump de forma categórica, ao ser indagado sobre a possibilidade de um ataque ao país sul-americano. A declaração ocorre em um contexto de crescente tensão entre os dois países, especialmente após o fortalecimento das forças americanas na área, que, segundo fontes, visa combater o narcotráfico.

A recente movimentação militar dos Estados Unidos inclui o deslocamento de navios de guerra para a costa venezuelana, sob a justificativa de operações antidrogas. O governo americano já realizou ataques a embarcações no Caribe e no Pacífico, resultando em pelo menos 62 mortes, conforme informações de agências de notícias.

Trump também mencionou que haverá “em breve uma operação em terra” para interromper o fluxo de drogas da Venezuela para os Estados Unidos. Essa declaração foi feita em um momento em que a Casa Branca intensifica sua pressão sobre o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, considerado ilegítimo por Washington.

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Recentemente, o The Wall Street Journal noticiou que o governo Trump estaria avaliando alvos na Venezuela, incluindo instalações militares ligadas ao tráfico de drogas. Fontes afirmaram que, caso fossem realizados ataques aéreos, isso enviaria uma mensagem clara a Maduro sobre a necessidade de renunciar ao poder.

Além disso, a movimentação militar inclui a chegada do grupo de ataque USS Gerald Ford, que é composto pelo maior porta-aviões nuclear do mundo, além de outros navios e aeronaves. Este grupo deve chegar à região nos próximos dias, aumentando a presença militar dos EUA nas proximidades da Venezuela.

Em resposta a essas movimentações, Maduro acusou os Estados Unidos de usarem a luta contra o narcotráfico como pretexto para tentar promover uma mudança de regime em Caracas. O presidente venezuelano também denunciou a presença de operações da CIA em seu território, que, segundo ele, visam desestabilizar seu governo.

Com a escalada das tensões, a situação na região se torna cada vez mais delicada, com a possibilidade de um conflito militar pairando sobre as relações entre os dois países. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessa crise, que pode ter repercussões significativas para a segurança regional.

O governo dos EUA continua a justificar suas ações como necessárias para combater o narcotráfico e proteger seus interesses, enquanto a Venezuela denuncia a violação de sua soberania e a agressão militar por parte dos Estados Unidos.

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