Ação contra o Comando Vermelho resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais; pericia foi encerrada.
03 de Novembro de 2025 às 10h29

Corpos dos 117 mortos na megaoperação no Rio são liberados pela Defensoria Pública

Ação contra o Comando Vermelho resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais; pericia foi encerrada.

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro anunciou neste domingo (2) a liberação dos corpos dos 117 indivíduos mortos durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, ocorrida na última terça-feira (28). Essa ação policial, considerada a mais letal da história do Brasil, resultou em um total de 121 mortes, incluindo quatro policiais.

Os corpos foram liberados após a conclusão da perícia realizada pelo Instituto Médico-Legal (IML). Segundo a Defensoria, os últimos a serem liberados foram dois homens oriundos do Pará e um de Santa Catarina.

A operação, que visava desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV), envolveu o cumprimento de 100 mandados de prisão e 180 de busca e apreensão. O governo do estado informou que 43 dos mortos possuíam mandados de prisão pendentes e que 78 apresentavam um histórico criminal significativo.

Além dos 117 suspeitos mortos, outros quatro policiais também perderam a vida durante os confrontos. As circunstâncias das mortes estão sob investigação, assim como a identificação dos corpos, que foi realizada em um posto montado pela Defensoria Pública para auxiliar as famílias.

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Durante a operação, foram apreendidas 118 armas, incluindo 91 fuzis, e mais de uma tonelada de drogas. A ação é vista como uma resposta à crescente violência e ao tráfico de drogas que afetam a região.

Imagens capturadas por câmeras corporais e drones mostraram a intensidade dos confrontos entre as forças de segurança e membros do Comando Vermelho, revelando a complexidade do terreno e as dificuldades enfrentadas pelos policiais durante a operação.

Entre os alvos da operação estava Edgard Alves de Andrade, conhecido como Doca, um dos principais líderes do Comando Vermelho, que permanece foragido. A polícia alega que os complexos da Penha e do Alemão funcionam como centros de comando e treinamento para a facção criminosa, com movimentações estimadas de 10 toneladas de drogas por mês.

A Defensoria Pública continua a acompanhar o caso e prestar assistência às famílias das vítimas, que enfrentam o desafio de lidar com a perda de seus entes queridos em um contexto de violência extrema.

As repercussões da operação e o impacto sobre a segurança pública no Rio de Janeiro permanecem em discussão, enquanto a sociedade civil aguarda por respostas e medidas efetivas contra a criminalidade.

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