Comissão terá 120 dias para investigar facções e milícias no Brasil e suas estruturas de poder
04 de Novembro de 2025 às 11h44

CPI do Crime Organizado será instalada nesta terça-feira (04) no Senado

Comissão terá 120 dias para investigar facções e milícias no Brasil e suas estruturas de poder

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o crime organizado no Brasil será instalada nesta terça-feira (04), às 11h. Durante a primeira reunião, serão eleitos o presidente, o vice e o relator da comissão.

Proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a CPI terá um prazo de 120 dias para apurar a atuação e a expansão de organizações criminosas em todo o território nacional, com foco especial em facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), assim como nas milícias que operam em diversas regiões do Brasil.

A CPI buscará entender o modus operandi de cada grupo criminoso, as condições que possibilitaram sua instalação e crescimento, bem como as estruturas de tomada de decisão que sustentam essas organizações.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), anunciou a criação da CPI em resposta a uma recente operação policial que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Em nota oficial, Alcolumbre declarou: “É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”.

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Alessandro Vieira, em suas redes sociais, ressaltou que o crescimento do crime organizado se deve ao “abandono do poder público” e enfatizou que “essa tragédia tem solução. Não é pauta eleitoreira, é urgência nacional”.

A CPI será composta por aproximadamente 11 senadores, dos quais 10 já foram indicados pelas lideranças partidárias. A comissão contará ainda com R$ 30 mil destinados a despesas de investigação.

As expectativas em torno da CPI são altas, uma vez que a presidência do colegiado pode influenciar diretamente a direção das investigações, seja em favor ou contra o governo atual. A disputa pelo comando da CPI envolve tanto a base governista quanto a oposição, que veem a presidência como um ponto crucial para suas respectivas agendas.

A CPI do Crime Organizado surge em um contexto de crescente preocupação com a atuação de facções criminosas e milícias, que se tornaram uma realidade alarmante em diversas partes do Brasil. A comissão tem como objetivo não apenas investigar, mas também propor soluções para o enfrentamento desse problema complexo e multifacetado.

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