Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada para investigar facções criminosas e suas conexões com o poder público.
04 de Novembro de 2025 às 17h52

Veja quais senadores farão parte da CPI do Crime Organizado no Senado

Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada para investigar facções criminosas e suas conexões com o poder público.

O Senado Federal instalou nesta terça-feira (4) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, com o objetivo de investigar a estrutura e o funcionamento de facções criminosas em todo o Brasil. A CPI, proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), surge em um contexto de crescente violência e tensões políticas, especialmente após a recente operação policial que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.

A comissão será presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), enquanto Hamilton Mourão (Republicanos-RS) atuará como vice-presidente e Alessandro Vieira (MDB-SE) assumirá a relatoria. O colegiado é composto por 11 senadores titulares e 7 suplentes, refletindo uma mescla de representantes do governo e da oposição.

Durante a instalação da CPI, o senador Otto Alencar (PSD-BA), por ser o membro mais velho, conduziu os trabalhos. Entre os titulares estão nomes como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Marcio Bittar (PL-AC), além de senadores como Rogério Carvalho (PT-SE) e Jorge Kajuru (PSB-GO), que representam diferentes espectros políticos.

Alguns senadores, como Marcos do Val (Podemos-ES) e Magno Malta (PL-ES), interromperam licenças médicas para participar da comissão. O relator Alessandro Vieira, que foi o autor do pedido de criação da CPI, não possui vínculos claros com o governo ou a oposição, o que pode trazer uma perspectiva independente aos trabalhos.

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A CPI terá um prazo de 120 dias para investigar as facções criminosas, o envolvimento de agentes públicos e as falhas nas políticas de segurança. Entre os temas que devem guiar os debates está a megaoperação realizada no Rio de Janeiro e propostas legislativas como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública.

O orçamento da CPI é estimado em R$ 30 mil, e a comissão buscará identificar o “modus operandi” das organizações criminosas, além de propor medidas para fortalecer a segurança pública. A instalação da CPI foi anunciada após um longo período de espera, evidenciando a pressão social e política por uma resposta à escalada da violência no país.

Os senadores titulares da CPI incluem: Alessandro Vieira (MDB-SE, relator), Marcio Bittar (PL-AC), Marcos do Val (Podemos-ES), Otto Alencar (PSD-BA), Angelo Coronel (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Rogério Carvalho (PT-SE), Fabiano Contarato (PT-ES, presidente) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS, vice-presidente).

Os suplentes são: Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Sergio Moro (União-PR), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Eduardo Girão (Novo-CE), Jaques Wagner (PT-BA) e Esperidião Amin (PP-SC).

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