Veja quais senadores farão parte da CPI do Crime Organizado no Senado
Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada para investigar facções criminosas e suas conexões com o poder público.
O Senado Federal instalou nesta terça-feira (4) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, com o objetivo de investigar a estrutura e o funcionamento de facções criminosas em todo o Brasil. A CPI, proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), surge em um contexto de crescente violência e tensões políticas, especialmente após a recente operação policial que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.
A comissão será presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), enquanto Hamilton Mourão (Republicanos-RS) atuará como vice-presidente e Alessandro Vieira (MDB-SE) assumirá a relatoria. O colegiado é composto por 11 senadores titulares e 7 suplentes, refletindo uma mescla de representantes do governo e da oposição.
Durante a instalação da CPI, o senador Otto Alencar (PSD-BA), por ser o membro mais velho, conduziu os trabalhos. Entre os titulares estão nomes como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Marcio Bittar (PL-AC), além de senadores como Rogério Carvalho (PT-SE) e Jorge Kajuru (PSB-GO), que representam diferentes espectros políticos.
Alguns senadores, como Marcos do Val (Podemos-ES) e Magno Malta (PL-ES), interromperam licenças médicas para participar da comissão. O relator Alessandro Vieira, que foi o autor do pedido de criação da CPI, não possui vínculos claros com o governo ou a oposição, o que pode trazer uma perspectiva independente aos trabalhos.
A CPI terá um prazo de 120 dias para investigar as facções criminosas, o envolvimento de agentes públicos e as falhas nas políticas de segurança. Entre os temas que devem guiar os debates está a megaoperação realizada no Rio de Janeiro e propostas legislativas como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública.
O orçamento da CPI é estimado em R$ 30 mil, e a comissão buscará identificar o “modus operandi” das organizações criminosas, além de propor medidas para fortalecer a segurança pública. A instalação da CPI foi anunciada após um longo período de espera, evidenciando a pressão social e política por uma resposta à escalada da violência no país.
Os senadores titulares da CPI incluem: Alessandro Vieira (MDB-SE, relator), Marcio Bittar (PL-AC), Marcos do Val (Podemos-ES), Otto Alencar (PSD-BA), Angelo Coronel (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Rogério Carvalho (PT-SE), Fabiano Contarato (PT-ES, presidente) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS, vice-presidente).
Os suplentes são: Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Sergio Moro (União-PR), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Eduardo Girão (Novo-CE), Jaques Wagner (PT-BA) e Esperidião Amin (PP-SC).
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