Brasil perde posição no ranking das maiores economias do mundo e cai para 11ª em 2025
Levantamento da Austin Rating revela que Brasil será ultrapassado pela Rússia, que avança para a 9ª posição.
O Brasil deixará de figurar entre as dez maiores economias do mundo em 2025, caindo para a 11ª posição, conforme aponta um levantamento da Austin Rating, que utiliza dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Com um Produto Interno Bruto (PIB) projetado em US$ 2,26 trilhões, o país será superado pela Rússia, que ocupa agora a 9ª posição com um PIB estimado em US$ 2,54 trilhões.
A mudança no ranking, que foi divulgada em um relatório atualizado no dia 14 de outubro, reflete um crescimento acelerado da economia russa, que, além de ultrapassar o Brasil, também superou o Canadá, que agora ocupa a 10ª posição com um PIB de US$ 2,28 trilhões.
“Entre os diversos indicadores revisados, o relatório revelou que houve mudanças significativas nas posições das nações que compõem as 15 maiores economias do mundo, que representam 75% do PIB global”, afirmou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, em comunicado.
O ranking das três maiores economias permanece inalterado, com os Estados Unidos liderando com um PIB de US$ 30,62 trilhões, seguidos pela China com US$ 19,40 trilhões e a Alemanha com US$ 5,01 trilhões.
No segundo trimestre de 2025, a Índia ocupava a 4ª posição, mas o Japão recuperou esse posto, alcançando um PIB de US$ 4,28 trilhões. A evolução da economia russa é atribuída a uma série de fatores, incluindo a valorização do rublo, que teve um aumento de mais de 39% neste ano, e a recuperação da confiança dos investidores.
O relatório da Austin Rating também destacou que, no terceiro trimestre de 2025, o Brasil teve um crescimento modesto de 0,1%, o que o posicionou como o 34º melhor desempenho global entre 51 países avaliados. O crescimento foi inferior ao de outras economias, como a China, que teve um aumento de 1,1%, e o Canadá, que cresceu 0,6%.
Em termos de comparação, o Brasil teve um desempenho semelhante ao do Reino Unido, Itália e Angola, que também registraram um crescimento de 0,1% no mesmo período. A análise do PIB brasileiro foi realizada com base nos dados das Contas Nacionais trimestrais, publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a queda no ranking, as perspectivas para o Brasil em 2026 também não são animadoras, com a Austin Rating prevendo que o país permanecerá na 11ª posição, com um PIB projetado de US$ 2,29 trilhões e uma participação de 1,9% no PIB global.
A situação econômica do Brasil, que inclui a valorização do real e uma leve melhora nas expectativas de crescimento, não foi suficiente para evitar a queda no ranking, evidenciando a competitividade crescente de outras economias, especialmente a russa.
O cenário global mostra que, apesar das dificuldades enfrentadas, o Brasil ainda possui potencial de recuperação, embora a superação de economias como a russa e a italiana represente um desafio significativo para os próximos anos.
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