Nova proposta possibilita que Mesas Diretoras da Câmara e do Senado indiquem emendas de comissão para 2025
27 de Novembro de 2024 às 19h58

Comissão Mista de Orçamento aprova instrução que permite emendas do Congresso

Nova proposta possibilita que Mesas Diretoras da Câmara e do Senado indiquem emendas de comissão para 2025

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou na última quarta-feira, 27, uma instrução normativa que estabelece regras para a apresentação de emendas ao Orçamento de 2025. Essa medida visa assegurar que as Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado possam indicar emendas de comissão, o que não era permitido pela recente legislação sancionada que regulamenta o uso dessas emendas.

O relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), destacou que a proposta é uma solução temporária para preencher uma lacuna normativa até que as novas regras entrem em vigor. Ele afirmou que a intenção é “preencher a lacuna normativa” entre a sanção da nova lei e a adaptação das resoluções da CMO sobre as emendas.

A instrução aprovada permite que cada Mesa apresente até oito emendas, sendo quatro de apropriação e quatro de remanejamento. Essa medida é um desdobramento de uma resolução anterior de 2006, que já permitia essa prática, mas que foi excluída na nova legislação sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na terça-feira, 26.

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Com a nova instrução, os recursos indicados pelas Mesas serão considerados emendas de comissão. No entanto, a lei aprovada em 2023 estabelece que pelo menos 50% dos repasses das emendas de comissão devem ser destinados à saúde, embora a identificação dos congressistas responsáveis por essas indicações não esteja clara no texto atual.

Atualmente, as emendas são identificadas pelas assinaturas dos presidentes das comissões, sob a justificativa de que se tratam de indicações coletivas. O novo texto, no entanto, determina que caberá aos líderes partidários realizar as indicações, que deverão ser registradas em atas. Essas atas, por sua vez, deverão ser publicadas e enviadas aos órgãos executores em até cinco dias após a aprovação.

Os congressistas também concordaram em realizar a leitura do parecer preliminar do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. O relator Confúcio Moura (MDB-RO) apresentou seu relatório, mas, por um acordo, a votação do documento ainda não ocorreu.

Essas mudanças nas regras de emenda têm gerado discussões sobre a transparência do processo e a identificação dos responsáveis pelas indicações, questões que permanecem centrais nas deliberações do Congresso Nacional.

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