Três ministros foram afastados temporariamente para alocar emendas parlamentares e votar PEC do Corte de Gastos.
03 de Dezembro de 2024 às 10h10

Lula exonera ministros para apresentação de emendas no Congresso Nacional

Três ministros foram afastados temporariamente para alocar emendas parlamentares e votar PEC do Corte de Gastos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta terça-feira (3), a exoneração temporária de três ministros do seu governo: Carlos Fávaro, da Agricultura; André Fufuca, dos Esportes; e Celso Sabino, do Turismo. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e visa permitir que os ministros reassumam suas funções no Congresso Nacional para a destinação de emendas parlamentares.

A exoneração ocorre em um momento estratégico, já que os ministros poderão votar em medidas importantes para o governo, especialmente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Corte de Gastos. A expectativa é que os ministros retornem aos seus cargos assim que concluírem as atividades no parlamento.

Os afastamentos são temporários e visam a liberação dos ministros para que possam participar das votações. Fávaro, que é senador, e Fufuca e Sabino, que são deputados federais, voltam a exercer suas funções parlamentares com a exoneração. Essa manobra é comum e permite que os integrantes do Executivo possam negociar e alocar emendas, um instrumento essencial de articulação política.

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A PEC do Corte de Gastos, que foi enviada ao Congresso na última segunda-feira (2), é uma prioridade do governo e deve ser votada antes do recesso parlamentar, que se inicia oficialmente em 23 de dezembro. A proposta busca promover uma economia significativa nas contas públicas e já conta com R$ 5,4 bilhões em emendas de comissão disponíveis para negociação.

Além da PEC, o Congresso também deverá analisar a Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025 até o fim do ano. A ala econômica do governo estima que as medidas previstas na PEC podem resultar em uma economia de R$ 327 bilhões entre 2025 e 2030, com um objetivo inicial de poupar R$ 70 bilhões nos anos de 2025 e 2026.

Essa exoneração temporária é vista como uma estratégia do governo para garantir o apoio necessário no legislativo, especialmente em um momento em que a aprovação de reformas e ajustes fiscais se torna cada vez mais urgente.

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