Novo projeto visa aumentar a transparência na execução das emendas e atender exigências do STF para liberação de pagamentos.
26 de Novembro de 2024 às 11h03

Lula sanciona lei que estabelece novas regras para emendas parlamentares sem vetos

Novo projeto visa aumentar a transparência na execução das emendas e atender exigências do STF para liberação de pagamentos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (26) a Lei Complementar nº 210/2024, que estabelece novas diretrizes para a execução das emendas parlamentares. A sanção foi feita sem a imposição de vetos, após o projeto ter sido aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada.

A nova legislação surge como resposta a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia suspendido a execução das emendas devido à falta de transparência e rastreabilidade nos processos de destinação dos recursos. Com a nova lei, espera-se que o STF reanalise a questão e, potencialmente, libere os pagamentos suspensos.

Uma das principais inovações trazidas pela lei é a exigência de que 50% das emendas de comissão sejam alocadas para a área da saúde, uma medida considerada prioritária pelo governo. Além disso, as emendas devem ser direcionadas a políticas públicas em 21 áreas, incluindo educação, saneamento e habitação.

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A lei também obriga os órgãos responsáveis a publicarem, até 30 de setembro de cada ano, uma lista dos projetos que receberão investimentos de emendas no ano seguinte. Essa lista deve conter detalhes sobre as estimativas de custo e os critérios de execução, aumentando a visibilidade sobre como os recursos públicos serão utilizados.

Outro ponto importante da nova legislação é a proibição do bloqueio das verbas destinadas às emendas, permitindo apenas o contingenciamento de recursos. Essa mudança foi uma resposta a um pedido do governo, mas o Senado optou por manter a versão que veda o bloqueio, o que garante uma maior segurança aos parlamentares quanto à destinação das emendas.

As emendas de bancada, que são sugeridas por congressistas que representam o mesmo estado, devem ser aplicadas em projetos estruturantes, com um limite de oito emendas por bancada. Já as emendas individuais exigem que o congressista informe o valor e o objetivo da transferência, priorizando obras inacabadas que foram iniciadas por emendas do próprio autor.

Com a sanção da nova lei, o governo espera não apenas atender às exigências do STF, mas também melhorar a gestão dos recursos públicos e aumentar a confiança da população nas ações do Legislativo. A expectativa agora é que o STF analise a nova legislação e decida sobre a liberação dos pagamentos suspensos, que têm impacto significativo em diversas áreas da administração pública.

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