A criança, que não conheceu a luz do dia, foi encontrada desnutrida e com problemas de saúde graves em Cheshire, na Inglaterra.
28 de Novembro de 2024 às 14h47

Mãe que manteve filha escondida em gaveta por três anos é condenada a sete anos de prisão

A criança, que não conheceu a luz do dia, foi encontrada desnutrida e com problemas de saúde graves em Cheshire, na Inglaterra.

Uma mulher do condado de Cheshire, na Inglaterra, foi condenada a sete anos e meio de prisão por manter sua filha de três anos escondida em uma gaveta sob sua cama durante quase toda a vida da criança. O caso chocante veio à tona após a descoberta da menina, que estava em condições graves de saúde e nunca havia sido registrada oficialmente.

A condenação ocorreu no Tribunal da Coroa de Chester, onde o juiz Steven Everett declarou que a criança, que foi encontrada semanas antes de seu terceiro aniversário, havia vivido uma verdadeira "morte em vida" devido ao "terrível segredo" de sua mãe. A menina apresentava cabelos embaraçados, erupções cutâneas e deformidades, refletindo os anos de negligência.

O tribunal foi informado de que a mãe, cuja identidade não foi revelada por razões legais, admitiu quatro acusações de crueldade contra crianças. A mulher escondeu a menina não apenas de seu parceiro, que frequentemente visitava a casa, mas também de seus outros filhos. O promotor Siôn ap Mihangel destacou que a criança foi alimentada apenas com cereal de leite por meio de uma seringa e esteve isolada por longos períodos.

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O juiz enfatizou a gravidade do caso, afirmando: "Você privou aquela menina de qualquer amor, de qualquer afeto adequado, de qualquer atenção e de cuidados médicos necessários". Ele acrescentou que as consequências para a criança foram catastróficas, tanto física quanto psicologicamente.

A situação alarmante foi descoberta quando o parceiro da mãe, ao chegar em casa, ouviu barulhos estranhos e encontrou a criança na gaveta. Ele imediatamente alertou os familiares, e os serviços sociais foram acionados. Ao serem confrontados, a mãe não demonstrou emoção e parecia indiferente ao estado da filha.

Durante uma entrevista com a polícia, a mulher alegou que não sabia que estava grávida e descreveu o nascimento como um momento de grande assombro. Ela minimizou a situação, afirmando que a gaveta nunca foi fechada e que a criança não passava todo o tempo ali, embora admitisse que ela "não fazia parte da família".

Atualmente, a criança está sob cuidados adotivos e, segundo o juiz, é uma "garotinha inteligente que está lentamente voltando à vida". Contudo, o promotor destacou que a menina, ao ser levada ao hospital, estava significativamente desnutrida e desidratada, apresentando até mesmo uma fenda no palato que nunca foi tratada. A descoberta deste caso trágico ressalta a importância da vigilância e proteção das crianças em situações vulneráveis.

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