Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que proposta será enviada ainda este ano, sem detalhes revelados.
29 de Novembro de 2024 às 21h49

Governo enviará proposta de taxação sobre big techs ao Congresso ainda em 2024

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que proposta será enviada ainda este ano, sem detalhes revelados.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo brasileiro enviará ao Congresso Nacional, ainda neste ano, uma proposta de taxação sobre as grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs. Em entrevista, Haddad não forneceu detalhes sobre o conteúdo da proposta, mas afirmou que as empresas serão “disciplinadas”.

Durante a entrevista à Record, Haddad destacou que a ausência de eleições no próximo ano permitirá um calendário mais tranquilo para o Congresso, facilitando a discussão de temas relevantes, incluindo a reforma da renda. “O projeto vai esse ano, todas essas big techs vão ser disciplinadas. Nós estamos devendo isso”, declarou o ministro.

Além da taxação das big techs, Haddad também aproveitou a oportunidade para criticar a regulamentação das casas de apostas, conhecidas como bets. Ele expressou sua oposição a esse tipo de negócio, afirmando: “Ali não é para ganhar dinheiro, ali é para perder. Você está comprando entretenimento. Jogar achando que vai ganhar é fantasia”.

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O ministro lembrou que o governo anterior passou quatro anos sem cobrar impostos das apostas, situação que ele considera insustentável. “Imagina você, que é uma coisa que nem gosto, não curto esse negócio, o governo anterior passou quatro anos sem cobrar imposto”, disse Haddad, enfatizando a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa.

O projeto de taxação se alinha com as diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estabelece normas para garantir que as grandes empresas paguem impostos de forma justa em todos os países onde operam, evitando a prática de esconder lucros em paraísos fiscais.

Segundo Haddad, o governo está comprometido em garantir que as grandes empresas contribuam adequadamente para a economia nacional, especialmente em um momento em que o país busca alternativas para aumentar a arrecadação e conter os gastos públicos. A expectativa é que a proposta seja debatida em um ambiente legislativo mais favorável no próximo ano, permitindo que questões como a taxação das big techs e a regulamentação das apostas sejam tratadas com a devida atenção.

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