A Advocacia-Geral da União pede reconsideração de trechos da decisão que autoriza pagamentos de emendas parlamentares
04 de Dezembro de 2024 às 06h03

AGU solicita revisão de decisão de Dino sobre liberação de emendas parlamentares

A Advocacia-Geral da União pede reconsideração de trechos da decisão que autoriza pagamentos de emendas parlamentares

A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou um recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a revisão parcial da decisão do ministro Flávio Dino que, na última segunda-feira (2), autorizou o pagamento de emendas parlamentares. A medida foi acompanhada de exigências que buscam garantir a transparência e a rastreabilidade dos recursos.

No recurso, a AGU argumenta que a decisão de Dino, embora benéfica, apresenta pontos que precisam ser ajustados. Entre as principais questões levantadas estão a necessidade de um plano de trabalho prévio para a liberação das emendas, a identificação nominal dos parlamentares envolvidos e a limitação do crescimento do volume total de emendas para o ano de 2025.

A Advocacia-Geral defende que a recente Lei Complementar nº 210, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já contempla os aspectos críticos mencionados pelo STF em decisões anteriores. “É diante dessa decisão que vem a Advocacia-Geral da União, respeitosamente, requerer a reconsideração parcial, em pontos específicos, a fim de que se considerem os preceitos da Lei Complementar nº 210, de 2024, que é fruto do diálogo institucional e representa um avanço significativo na regulamentação das emendas parlamentares”, enfatiza a AGU.

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Ontem, o STF já havia formado maioria de votos a favor da decisão individual de Dino, que visa a liberação das emendas com novas regras. A votação começou a ser realizada no plenário virtual da Corte e está prevista para se encerrar às 23h59 desta terça-feira (3).

A decisão do ministro Flávio Dino, que busca garantir maior controle sobre o uso das emendas, é uma resposta a críticas que surgiram após a sanção da nova lei. A AGU, em nota, destacou que os ajustes solicitados são essenciais para alinhar a decisão à legislação atual e para facilitar a comunicação entre os poderes Executivo e Legislativo.

Além disso, a AGU argumenta que a exigência de um plano de trabalho prévio para a execução de emendas pix, assim como a identificação dos parlamentares que solicitam essas emendas, já estão contempladas na nova legislação. A lei estabelece que o Executivo deve informar, em até 30 dias, os valores recebidos e os respectivos planos de trabalho e cronogramas de execução aos órgãos competentes.

Por fim, a AGU também questionou a limitação imposta por Dino ao crescimento das emendas, que não pode exceder os limites estabelecidos para as despesas discricionárias do Executivo ou para o novo arcabouço fiscal. A expectativa é que a análise do recurso traga mais clareza sobre as diretrizes para a utilização das emendas parlamentares nos próximos anos.

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