O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirma que a maioria dos policiais atua de forma ética, apesar de casos isolados de violência.
04 de Dezembro de 2024 às 18h29

Pacheco defende valor das polícias e diz que casos de violência são exceções

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirma que a maioria dos policiais atua de forma ética, apesar de casos isolados de violência.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez declarações nesta quarta-feira, 4, sobre o valor das polícias no Brasil, ressaltando que os recentes casos de violência não representam a conduta da maioria dos profissionais de segurança pública. Em uma nota divulgada à imprensa, Pacheco afirmou que as situações de abuso são “exceções absolutamente repugnantes” e não devem ser vistas como reflexo do trabalho policial em geral.

“O valor das polícias no Brasil, que é real e reconhecido pela sociedade, não está nos graves casos registrados recentemente pela imprensa. O respeito a todo cidadão é uma obrigação constitucional, que preserva a dignidade do ser humano, um dos principais fundamentos da República brasileira”, declarou Pacheco.

Essas afirmações surgem em meio a um aumento alarmante de 46% nas mortes causadas por policiais militares em São Paulo em 2024, conforme dados do Ministério Público. O governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também se manifestou sobre o assunto, defendendo a atuação do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e minimizando as críticas que surgiram em decorrência dos casos de violência.

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Tarcísio destacou que existem estatísticas que demonstram a eficácia do trabalho da polícia, embora não tenha detalhado os números específicos. “Olha os números que você vai ver que está [fazendo um bom trabalho]”, afirmou o governador, enfatizando que a atuação dos policiais deve ser considerada em um contexto mais amplo.

Entre os casos que geraram indignação pública, estão incidentes como um jovem que foi arremessado de uma ponte e uma execução em um mercado. Tarcísio, ao comentar o caso do jovem, afirmou que “o que aconteceu foi muito ruim” e garantiu que o policial envolvido será investigado.

Os dados recentes sobre letalidade policial em São Paulo levantam preocupações sobre o uso excessivo da força e a necessidade de um debate mais profundo sobre os direitos humanos e o abuso de autoridade. Em 2024, até o dia 17 de novembro, 673 pessoas foram mortas por policiais no estado, um aumento significativo em comparação com os 460 casos registrados em todo o ano anterior.

Enquanto a sociedade clama por respostas e medidas efetivas, a posição de Rodrigo Pacheco busca equilibrar a crítica aos casos isolados de violência com o reconhecimento da importância das forças de segurança, reafirmando a necessidade de respeito aos direitos constitucionais e à dignidade humana.

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