China promove mudança em política monetária para estimular crescimento em 2024
O país adotará uma política monetária "adequadamente frouxa", buscando impulsionar a economia nacional.
A China anunciou que implementará uma política monetária "adequadamente frouxa" em 2024, marcando a primeira alteração em sua abordagem desde 2010. A decisão foi comunicada após uma reunião do Politburo, que é o órgão superior do Partido Comunista, e visa apoiar o crescimento econômico em meio a desafios recentes.
De acordo com a agência estatal Xinhua, as autoridades pretendem adotar uma política fiscal mais proativa e intensificar ajustes anticíclicos não convencionais. A intenção é aumentar vigorosamente o consumo e expandir a demanda interna em todas as direções, um passo considerado crucial para reverter a desaceleração econômica.
A nova estratégia foi discutida em uma leitura oficial do Politburo, que precede a Conferência Anual de Trabalho Econômico Central, onde as metas e intenções de política econômica para o próximo ano serão definidas. Espera-se que, até 2025, as autoridades mantenham o "princípio de buscar o progresso mantendo a estabilidade", equilibrando inovação e estabilidade econômica.
“Uma política fiscal mais proativa e uma política monetária adequadamente frouxa devem ser implementadas, aprimorando e refinando o conjunto de ferramentas, fortalecendo ajustes anticíclicos extraordinários”, afirmou a Xinhua citando os líderes do Partido Comunista.
Essa mudança representa um movimento significativo, visto que a última flexibilização da política monetária ocorreu após a crise financeira global de 2008, quando o país adotou uma postura mais agressiva para estimular sua economia. Desde então, a política havia permanecido em uma abordagem prudente, refletindo a preocupação com a estabilidade financeira.
O banco central chinês delineou cinco posições de política econômica, que incluem "frouxa", "apropriadamente frouxa", "prudente", "apropriadamente apertada" e "apertada", permitindo flexibilidade nas direções adotadas. A expectativa é que a nova estratégia traga alívio ao mercado, especialmente em setores afetados pela desaceleração, como o imobiliário e o consumo.
Além disso, as reações do mercado financeiro foram positivas, com ações e títulos do governo apresentando avanços significativos após o anúncio. O índice Hang Seng de Hong Kong, por exemplo, subiu consideravelmente, refletindo a confiança dos investidores nas novas diretrizes econômicas.
As autoridades chinesas estão cientes da necessidade de restaurar a confiança do consumidor e dos investidores, especialmente após o colapso do mercado imobiliário que abalou a economia e gerou incertezas. O governo está determinado a estabilizar os mercados e impulsionar a demanda interna, que é vista como um motor essencial para a recuperação econômica.
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