O influenciador Nego Di, réu por estelionato e lavagem de dinheiro, permanecerá em liberdade até novo julgamento no Rio Grande do Sul.
10 de Dezembro de 2024 às 21h03

STJ mantém liberdade provisória de Nego Di após decisão unânime dos ministros

O influenciador Nego Di, réu por estelionato e lavagem de dinheiro, permanecerá em liberdade até novo julgamento no Rio Grande do Sul.

A 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nesta terça-feira (10), por unanimidade, manter a liberdade provisória de Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di. O influenciador digital, que responde a processos por estelionato e lavagem de dinheiro, teve sua situação analisada em sessão que reafirmou a decisão anterior do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, que havia concedido a soltura do humorista.

Nego Di foi preso em julho deste ano, após investigações que revelaram um suposto esquema de fraudes envolvendo uma loja virtual de produtos eletrônicos. Ele é acusado de enganar mais de 370 clientes, causando um prejuízo estimado em R$ 5 milhões. O influenciador ficou em liberdade provisória desde o dia 27 de novembro, aguardando o julgamento do habeas corpus pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Na decisão que autorizou sua soltura, o STJ impôs uma série de medidas cautelares que Nego Di deve cumprir. Entre elas, estão a proibição de mudar de endereço sem autorização judicial, a obrigação de comparecer periodicamente em juízo e a restrição ao uso de redes sociais. Além disso, seu passaporte foi recolhido, limitando suas viagens.

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Após a soltura, Nego Di foi visto em uma celebração com amigos e familiares, onde compartilhou momentos de descontração nas redes sociais, o que gerou preocupação no Ministério Público. O órgão analisou as imagens e solicitou que a Justiça advertisse o influenciador por descumprir as condições impostas, uma vez que a utilização de redes sociais estava proibida.

Em um depoimento anterior, Nego Di afirmou que sua intenção era “pagar as pessoas e resolver a minha vida”, referindo-se aos clientes que não receberam os produtos adquiridos. Sua defesa, representada pelas advogadas Tatiana Borsa e Camila Kersch, argumenta que o ex-BBB provará sua inocência, apresentando evidências de que seus bens foram adquiridos de forma lícita e que sua renda é compatível com seu patrimônio.

A situação de Nego Di continua a ser acompanhada de perto, tanto pela Justiça quanto pela opinião pública, que aguarda o desfecho do caso. A próxima etapa do processo será crucial para determinar o futuro do influenciador, que já foi alvo de polêmicas e críticas desde sua participação no reality show Big Brother Brasil.

O caso de Nego Di destaca a crescente preocupação com fraudes em lojas virtuais e a necessidade de proteção ao consumidor, especialmente em tempos de crescente digitalização do comércio. As investigações continuam, e a expectativa é que novos desdobramentos ocorram nas próximas semanas.

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