Willie Walsh, diretor-geral da Iata, destaca que reestruturações financeiras são oportunidades para as companhias aéreas.
11 de Dezembro de 2024 às 09h27

Reestruturação das aéreas no Brasil pode aumentar lucratividade, afirma diretor da Iata

Willie Walsh, diretor-geral da Iata, destaca que reestruturações financeiras são oportunidades para as companhias aéreas.

A reestruturação financeira das companhias aéreas no Brasil pode abrir novas oportunidades de lucratividade. Essa avaliação é do diretor-geral da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), Willie Walsh.

Walsh afirma que “as reestruturações, incluindo o Chapter 11, devem ser vistas como algo positivo, pois criam oportunidades para as aéreas”. Atualmente, entre as três principais companhias que operam no Brasil, apenas a Azul não passou por um processo de recuperação judicial. No entanto, a Azul também implementou recentemente uma reestruturação, que envolveu a renegociação de dívidas e a captação de novos recursos.

O cenário econômico na América Latina é desafiador, com margens de lucro significativamente menores em comparação ao resto do mundo. Para o próximo ano, a expectativa é que a margem na região atinja apenas 2,4%, enquanto a média global é de 3,6%. A América do Norte, por sua vez, apresenta a projeção mais otimista, com uma margem de 4,2%.

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Walsh atribui essa situação, em grande parte, ao fato de que os custos operacionais das companhias aéreas são dolarizados, enquanto suas receitas são geradas em moedas locais, que são mais fracas em relação ao dólar. “A exposição ao dólar é um dos riscos que, provavelmente, é maior na América Latina do que em qualquer outra parte do mundo”, destaca o executivo.

O impacto da reestruturação financeira nas aéreas brasileiras é um tema de grande relevância, especialmente em um momento em que o setor busca se recuperar das dificuldades enfrentadas nos últimos anos. A análise de Walsh sugere que, apesar dos desafios, há espaço para crescimento e adaptação no mercado aéreo.

Além disso, a recuperação do setor pode trazer benefícios não apenas para as companhias, mas também para os consumidores, que poderão se beneficiar de um mercado mais competitivo e eficiente. A expectativa é que as medidas adotadas pelas aéreas resultem em um serviço de melhor qualidade e preços mais acessíveis.

A repórter viajou a convite da Iata.

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