Cade adia análise sobre aquisição do IFood em parte da Shopper sem nova data
O julgamento da compra de parte da Shopper pelo IFood foi adiado a pedido do relator, sem previsão para nova sessão.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu adiar o julgamento referente à aquisição de parte da Shopper pela empresa de delivery IFood. O processo, que é relatado pelo conselheiro José Levi, estava agendado para a sessão desta quarta-feira, 11, mas, a pedido do relator, a análise foi suspensa, sem que uma nova data tenha sido definida.
A Superintendência-Geral do Cade havia aprovado a operação sem restrições no início de novembro. Entretanto, a conselheira Camila Alves argumentou que a questão necessitava de uma análise mais detalhada pelo tribunal, um ponto que foi aceito pelos demais conselheiros.
Camila Alves destacou a importância de um aprofundamento na avaliação do volume de vendas das empresas envolvidas, especialmente na análise da estrutura da oferta, que inclui concorrentes como iFood, Rappi e Uber Mercado. Para a conselheira, é crucial esclarecer se os dados de faturamento apresentados pelos players refletem apenas a atuação de cada plataforma em um modelo de negócio específico ou se englobam o faturamento total das empresas no mercado.
“Nesse contexto, considero relevante um aprofundamento na análise da estrutura de oferta, especialmente diante da eventual inclusão de varejistas, como Carrefour e GPA, nessa estrutura. Tal inclusão pode acarretar distorções, notadamente em virtude da possibilidade de dupla contagem de vendas, uma vez que esses grupos, em diversas situações, efetuam comercializações por meio da plataforma iFood”, afirmou a conselheira.
De acordo com informações do Cade, a Shopper atua em 129 cidades do Estado de São Paulo, oferecendo itens de mercado. A plataforma disponibiliza quatro modelos de pedidos programados para os consumidores: compra programada, programada Fresh, Pet.Shopper e compra única.
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