Com 327 votos a favor, projeto visa educar jovens sobre os riscos da ideologia comunista, segundo a deputada Salazar.
11 de Dezembro de 2024 às 14h42

Câmara dos EUA aprova lei que ensina sobre os horrores do comunismo nas escolas

Com 327 votos a favor, projeto visa educar jovens sobre os riscos da ideologia comunista, segundo a deputada Salazar.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, na última sexta-feira, 6, o Projeto de Lei 5.349, conhecido como Lei de Ensino Crucial do Comunismo. A votação resultou em 327 votos favoráveis e 62 contrários. A proposta foi apresentada pela deputada republicana María Elvira Salazar, que representa o estado da Flórida.

A nova legislação tem como objetivo disponibilizar materiais educacionais sobre os horrores do comunismo às escolas norte-americanas, com o apoio da Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo, uma organização sem fins lucrativos. Segundo Salazar, a lei busca garantir que as futuras gerações “lembrem da dor e do sofrimento causados pela brutal ideologia comunista”.

A deputada destaca que seus eleitores têm uma compreensão clara dos males do comunismo, especialmente considerando que a Flórida abriga uma significativa população de refugiados da ditadura cubana, que representa cerca de 28,5% dos latino-americanos no estado.

Mike Johnson, presidente da Câmara dos Representantes, criticou a forma como as realidades do comunismo têm sido tratadas no sistema educacional. Ele afirmou que “as realidades do comunismo são frequentemente negligenciadas ou minimizadas, permitindo que atores estrangeiros malignos promovam suas agendas e influenciem instituições americanas”.

“É mais importante do que nunca que nossos estudantes aprendam os verdadeiros perigos do comunismo e a importância de proteger nossas liberdades”, concluiu Johnson.

A estrutura do projeto foi inspirada no Never Again Education Act, aprovado em 2020, que estabeleceu um programa para educar os estudantes sobre o Holocausto. Uma pesquisa realizada pela Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo em 2020 revelou que muitos jovens adultos não compreendem o verdadeiro significado e a história do comunismo. O estudo mostrou que um em cada cinco millennials e um em cada três membros da geração Z têm uma visão favorável do comunismo.

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Dr. Eric Patterson, presidente e CEO da Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo, acredita que a falta de conhecimento sobre o socialismo contribui para essa situação. “Os estudantes americanos estão cada vez mais alheios à história e ao legado do comunismo”, afirmou.

A Fundação, criada em 1993 por uma lei unânime do Congresso dos EUA, tem como missão educar os americanos sobre a ideologia, a história e o legado do comunismo. O Comitê de Educação e Trabalho enfatiza que “o comunismo possui uma longa e sombria história de repressão política, perseguição e violência, que está sendo encoberta por atores estrangeiros malignos que infiltram instituições educacionais americanas”.

Como exemplo, Patterson menciona as Confucius Classrooms, que são utilizadas pelo Partido Comunista Chinês para disseminar propaganda nas escolas norte-americanas e ocultar as atrocidades cometidas por regimes comunistas no passado. “Mais de 500 escolas de ensino básico e médio nos Estados Unidos permitiram que o PCC se estabelecesse em suas instalações sob o disfarce das Confucius Classrooms, que têm se concentrado especialmente próximas a bases militares norte-americanas”, denunciou o comitê.

Inspirado pela legislação americana, o deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) propôs o Projeto de Lei 4.771/2024, que visa incluir conteúdos sobre os males do comunismo nos currículos escolares do Brasil. Silva argumenta que essa inclusão proporcionará aos estudantes uma compreensão abrangente das consequências históricas dessa ideologia.

“Ao incluir esse conteúdo nos currículos do ensino fundamental e médio, o Brasil alinha-se a práticas educacionais que valorizam a memória histórica e a prevenção de atrocidades futuras, assegurando que as novas gerações estejam cientes dos erros do passado e preparadas para construir um futuro mais justo e democrático”, ressaltou o deputado da Paraíba.

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